6ª feira – XXIII semana comum
Hoje somos convidados a examinar-nos antes de julgar os
outros:
Sou realmente um cristão tão bom que posso me dar ao
luxo de julgar os outros?
Se não sou capaz de tratar os outros com misericórdia,
é melhor não julgar ninguém, trabalhar para melhorar a minha vida antes de me
envolver na dos outros.
É fácil perceber os erros dos outros, mas é muito
difícil aceitar que não sou perfeito, que ainda tenho um longo caminho a
percorrer para ser um cristão completo, como Deus espera de mim.
Um dia perguntaram à Madre Teresa de Calcutá:
- O que você mudaria na Igreja?
Ela sem hesitação respondeu:
- Eu mudaria a mim mesma, mudaria o meu coração.
É assim que se retira a trave da nossa vista para poder mudar o argueiro
da vista dos irmãos.
2º exemplo
Santo Agostinho in 'Explicação do Sermão da Montanha'
(19, 63) pregava assim:
“O Senhor previne-nos contra os juízos temerários e
injustos, pois pretende que ajamos com um coração simples, olhando sempre só
para Deus. Dado que ignoramos o motivo de muitas ações, seria temerário da
nossa parte julgá-las. Os mais dispostos a fazer juízos temerários e a condenar
os outros são aqueles que preferem condená-los a corrigi-los e trazê-los ao
bem, uma atitude que denota orgulho e mesquinhez.
Por exemplo, um homem peca por cólera, e tu
repreende-lo com ódio. Entre a cólera e o ódio vai a mesma distância que separa
a palha do argueiro. O ódio é uma cólera inveterada que, com o tempo, assumiu
proporções tais, que bem merece o nome de argueiro. Pode acontecer que te
encolerizes quando pretendias corrigir, mas não deves nunca deixar-te levar
pelo ódio. Afasta primeiro o ódio para longe de ti, e poderás depois corrigir
aquele que amas.”
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