3ª feira – XXIV semana comum
O episódio do jovem, filho da viúva de Naim, carece de
esclarecimentos.
Uns estudiosos dizem que não foi bem assim.
O jovem não estaria fisicamente morto, mas é uma parábola
da morte social, familiar ou motivacional ou psicológica.
Era órfão de pai, filho único, era levado pelos outros, deixava a mãe sozinha, estava às portas da cidade, abandonado ou abandonando, rebelde talvez. Era imaturo e não queria assumir responsabilidade.
Já não havia mais nada a fazer com ele (levavam-no a
sepultar).
- Jesus aproximou-se, teve iniciativa e recompôs
a vida do jovem.
- Mandou parar quem o arrastava, tocou o coração
de todos (sensibilizou-os).
- E deu uma ordem (jovem precisava de uma
autoridade).
- Jovem (Jesus reconhece a sua juventude, a sua
imaturidade ou rebeldia)
- Eu te ordeno (Jesus dá um empurrão à sua falta
de querer… Não tinha regras, nem aceitava ordens. Jesus manda em quem não manda em si)
- Levanta-te (deixa de rastejar, deixa de andar
deprimido, olha mais alto, sê homem).
- O jovem sentou-se (ele assentou a sua vida,
estabilizou)
- E começou a falar (entrou em comunicação, interagiu,
reabilitou a união de vida e de projeto familiar).
- E Jesus entregou-o à mãe (como se depois das lágrimas
do parto ele tivesse nascido de novo). De facto, assumir a responsabilidade, construir
a sua personalidade é um novo nascimento.
Tal acontece com muitos jovens ainda hoje.
Andam à procura do seu lugar e fazem experiências
radicais.
Querem deixar a família, abandonam tudo e deixam-se
levar.
Tocam extremos tanto do bem como do mal para encontrar uma
média, o seu lugar de equilíbrio.
Quem me dera que cada jovem pudesse encontrar sempre
algum Cristo que o recupere, que console a sua família.
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