Na
manhã do dia 29 de janeiro, alguns Padres Missionários e o Pe. Canova vieram ao cais de
Alcântara e ajudaram-me no despacho das bagagens e nos contactos com a polícia.
Finalmente, saímos do Cais e dirigimo-nos ao Capo Grande, onde o Pe. Canova já
tinha combinado o nosso alijamento no Colégio das Irmãs Doroteias.
Lá
celebrei a minha primeira Missa em Terras Lusíadas, solenizada pelo canto das
Irmãs. Seguiu-se um pequeno almoço de estilo natalício. Aquelas boas Irmãs
procuravam fazer-nos esquecer as amarguras da viagem e alegrar-nos com os doces
de Natal.
E
não ficaram por aí. Deram-nos alojamento na casa dos pensionistas, que então
estavam em férias, e serviam-nos a comido na hospedaria do edifício central. E
quando as alunas voltaram de férias procuraram-nos hospedagem na casa da
Senhora D. Leitão, da família do ourives Leitão, cujo estabelecimento estava
junto da igreja do Loreto, no Chiado. Não se limitaram a isso!
Estas
boas Irmãs tinham recebido cartas da Itália (Bolonha) a recomendar os dois
Padrezinhos que estavam a chegar e estariam em Lisboa apenas o tempo necessário
para tomar o barco para a Madeira. Mereciam ser ajudados, pois os Padres
dehonianos de Bolonha tinham ajudado as Irmãs Doroteias durante os
bombardeamentos daquela cidade. Tinham uma dívida a pagar! (CF. Memórias do Pe. Ângelo Colombo)
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