Chegámos
a Barcelona ao nascer do sol do dia 23 de dezembro de 1946. Celebrámos, tomámos
o pequeno almoço no barco e saímos, não sem passar pelo controlo da polícia, à qual
cheios de escrúpulos, declarámos o dinheiro que trazíamos: ‘entra con ciento
dos dólares, diez chelinos y milciento vente escudos’, escreveram no
passaporte.
Fomos
pela cidade pedindo informações de quatro em quatro passos e chegámos a um
edifício grande e antigo: era o Seminário Maior Diocesano. O Reitor, ao qual
nos dirigimos, confiou-nos a um estudante de Teologia – ex-falangista – que nos
ajudou imenso nas práticas da Alfândega, necessárias para a viagem do Pe.
Canova para Madrid e Lisboa. Até nos levou a admirar um pouco de Barcelona.
Entre outras coisas, vimos a célebre igreja da Sagrada Família de estilo gótico
fantasioso. Dormimos nessa noite no Seminário. (CF. Memórias do
Padre Ângelo Colombo)
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