sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Crónica de um santo (5)


Crónica de um santo na Madeira

5ª semana – Não se cansava de fazer o bem

Quem faz o bem, fá-lo para os outros. Quem faz o bem, fá-lo para sempre, pois o bem para ser bem não pode acabar.

Um milagre é algo que parece impossível aos nossos olhos, mas não aos olhos de Deus.

Ao contemplar um milagre, podemos concluir que não há limites para quem faz o bem.

Ser santo é isto, é não se cansar de fazer o bem e fazer bem tudo o que faz.

O Beato Carlos tudo o que fazia fazia-o bem e nunca se cansou de fazer o bem, quer aqui na terra como agora no céu.

 

17 de dezembro de 1921 – sábado

 

18 de dezembro de 1921 – domingo

Quarto Domingo do Advento.

O Imperador participava na Missa com uma devoção verdadeiramente impressionante. Recebia todos os dias a Santa Comunhão, edificando todos os circunstantes pela sua eminente piedade e fé, manifestada até aos mais simples movimentos.

 

19 de dezembro de 1921 – segunda-feira

 

20 de dezembro de 1921 – terça-feira

 

21 de dezembro de 1921 – quarta-feira

Foi neste dia, mas 82 anos mais tarde, ou seja, a 21 de dezembro de 2003 que foi aprovado um milagre atribuído ao então Venerável Carlos Imperador pelo Papa João Paulo II, abrindo o caminho para a beatificação que se realizou a 03 de outubro de 2004. O milagre está relacionado com uma Irmã polaca encarregada de um grande hospital no Brasil. Na década de 60 ela teve sérios problemas com as pernas e ficou acamada sem poder andar. Foi submetida a várias operações, mas sem sucesso. Quando outra Irmã lhe sugeriu para rezar através do Imperador Carlos, ela recusou preferindo um santo mais familiar e popular. Como as dores e a infeção aumentavam e surgiu a hipótese de uma amputação, desesperada a doente pediu a cura através do Imperador Carlos. No dia seguinte estava completamente curada, em virtude do trabalho exercido pela Irmã e das numerosas operações, o seu caso foi bem documentado por vários médicos e enfermeiros.


22 de dezembro de 1921 – quinta-feira

Chegou à Madeira D. João de Almeida, juntamente com a sua esposa D. Constança Telles da Gama, para voluntariamente apoiar os Imperadores exilados, de quem era muito amigo. De facto, aos doze anos D. João tinha ido viver para a Áustria, enviado por seu pai, para acompanhar os filhos do Rei D. Miguel I que aí viviam exilados, entre os quais se contava a Infanta Maria Antónia de Bragança, mãe de Zita. Desde então ficou muito amigo da família imperial, tendo sido um dos convidados para o casamento de Carlos e de Zita. Além disso serviu também na Armada Austro-húngara. Tudo isto eram razões mais que suficientes para percebermos porque é que D. João se juntou à família imperial na Madeira. Ele tratava das relações do Imperador com os outros países e D. Constança ajudava a cuidar dos sete filhos do casal.

 

23 de dezembro de 1921 – sexta-feira

 

1 comentário:

Quintal Vieira disse...

Em abono da verdade há que corrigir: Neste dia 22 de dezembro D. João de Almeida chegou sozinho ao Funchal. A sua esposa permanecia em Lisboa onde receberia a Imperatriz Zita e acompanhá-la-ia até à Suíça aquando da operação do Arquiduque Roberto. A partir daí D. Constança Teles da Gama acompanhará a Imperatriz e os seus filhos na sua vinda e estadia na Madeira.