Crónica de um santo na Madeira
5ª
semana – Não se cansava de fazer o bem
Quem
faz o bem, fá-lo para os outros. Quem faz o bem, fá-lo para sempre, pois o bem
para ser bem não pode acabar.
Um
milagre é algo que parece impossível aos nossos olhos, mas não aos olhos de
Deus.
Ao
contemplar um milagre, podemos concluir que não há limites para quem faz o bem.
Ser
santo é isto, é não se cansar de fazer o bem e fazer bem tudo o que faz.
O
Beato Carlos tudo o que fazia fazia-o bem e nunca se cansou de fazer o bem,
quer aqui na terra como agora no céu.
17
de dezembro de 1921 – sábado
18
de dezembro de 1921 – domingo
Quarto
Domingo do Advento.
O
Imperador participava na Missa com uma devoção verdadeiramente impressionante.
Recebia todos os dias a Santa Comunhão, edificando todos os circunstantes
pela sua eminente piedade e fé, manifestada até aos mais simples movimentos.
19
de dezembro de 1921 – segunda-feira
20
de dezembro de 1921 – terça-feira
21
de dezembro de 1921 – quarta-feira
Foi
neste dia, mas 82 anos mais tarde, ou seja, a 21 de dezembro de 2003 que foi
aprovado um milagre atribuído ao então Venerável Carlos Imperador pelo Papa
João Paulo II, abrindo o caminho para a beatificação que se realizou a 03 de
outubro de 2004. O milagre está relacionado com uma Irmã polaca encarregada de
um grande hospital no Brasil. Na década de 60 ela teve sérios problemas com
as pernas e ficou acamada sem poder andar. Foi submetida a várias operações,
mas sem sucesso. Quando outra Irmã lhe sugeriu para rezar através do Imperador
Carlos, ela recusou preferindo um santo mais familiar e popular. Como as dores
e a infeção aumentavam e surgiu a hipótese de uma amputação, desesperada a
doente pediu a cura através do Imperador Carlos. No dia seguinte estava
completamente curada, em virtude do trabalho exercido pela Irmã e das numerosas
operações, o seu caso foi bem documentado por vários médicos e enfermeiros.
22
de dezembro de 1921 – quinta-feira
Chegou
à Madeira D. João de Almeida, juntamente com a sua esposa D. Constança Telles
da Gama, para voluntariamente apoiar os Imperadores exilados, de quem era muito
amigo. De facto, aos doze anos D. João tinha ido viver para a Áustria, enviado
por seu pai, para acompanhar os filhos do Rei D. Miguel I que aí viviam
exilados, entre os quais se contava a Infanta Maria Antónia de Bragança, mãe de
Zita. Desde então ficou muito amigo da família imperial, tendo sido um dos
convidados para o casamento de Carlos e de Zita. Além disso serviu também na
Armada Austro-húngara. Tudo isto eram razões mais que suficientes para
percebermos porque é que D. João se juntou à família imperial na Madeira. Ele
tratava das relações do Imperador com os outros países e D. Constança ajudava a
cuidar dos sete filhos do casal.
23
de dezembro de 1921 – sexta-feira
1 comentário:
Em abono da verdade há que corrigir: Neste dia 22 de dezembro D. João de Almeida chegou sozinho ao Funchal. A sua esposa permanecia em Lisboa onde receberia a Imperatriz Zita e acompanhá-la-ia até à Suíça aquando da operação do Arquiduque Roberto. A partir daí D. Constança Teles da Gama acompanhará a Imperatriz e os seus filhos na sua vinda e estadia na Madeira.
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