Crónica
de um santo na Madeira
6ª
semana – Do Menino dos meninos ao Rei dos reis
“Todos
os reis da terra Vos hão de louvar, Senhor, quando ouvirem as palavras da vossa
boca. Celebrarão os caminhos do Senhor, porque é grande a glória do Senhor.”
(Sl 137, 4-5)
Jo
1, 14 resume numa frase o mistério do Natal – “O verbo fez-se carne e
habitou entre nós.”
Jesus
nasceu para que todos pudessem ouvir a voz de Deus e seguir os seus caminhos.
Ser santo é cumprir isso mesmo.
Entre os reis que se distinguiram por terem louvado e glorificado o Senhor com toda a dignidade de vida e santidade de obras, está incluído, sem dúvida, o Beato Carlos de Áustria. De facto, consciente da origem divina de toda a autoridade humana, ele não se aproveitou da própria posição de soberano para obter vantagens pessoais e sempre agiu segundo a justiça, para bem do seu povo, para o crescimento do Reino de Deus e a liberdade da Igreja. Com ele, reconheçamos neste Natal que o Menino dos meninos é o Rei dos reis e que o Rei dos reis é o Menino dos meninos, ou seja, a grandeza da humildade e a humildade da grandeza.
24
de dezembro de 1921 – sábado
25
de dezembro de 1921 – domingo
Natal
do Senhor.
26
de dezembro de 1921 – segunda-feira
O
conde de Hunyady e mulher regressaram à Europa, também por falta de meios.
27
de dezembro de 1921 – terça-feira
Os Imperadores
partiram para a Fajã da Ovelha e Ponta do Pargo, via Ribeira Brava e Paul do
Mar, para participarem numa caçada juntamente com António Vieira de Castro e
Gabriel Lomelino Bianchi.
28
de dezembro de 1921 – quarta-feira
Em
caçada nas serras da Fajã da Ovelha e Ponta do Pargo.
29
de dezembro de 1921 – quinta-feira
Em caçada nas serras da Fajã da Ovelha e Ponta do Pargo.
30
de dezembro de 1921 – sexta-feira
Carlos
e Zita regressaram ao Funchal, depois da caçada.
Era
o 5º aniversário da coroação de Carlos como rei Apostólico da Hungria, em
Budapeste. A Imperatriz assim descrevia o evento: “Para ele, a coroação teve
um significado extraordinariamente grande; considerava a investidura que a
Igreja lhe concedia em nome de Deus. Todos os deveres que naquela solene
cerimónia jurou cumprir, ele os assumiu com a mais profunda fé e fez deles o
programa da sua vida futura. Na coroação, todo o povo é confiado por Deus ao
soberano e, a partir de então, ele deve viver para os seus súbitos; cuidar,
rezar, sofrer por eles e santificar-se para conduzi-los a Deus.”
O dia da coroação foi um grande momento da vida do Beato Carlos que, desde aquele acontecimento, andou ainda mais decidido rumo a Deus.
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