sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Crónica de um santo (4)


Crónica de um santo na Madeira

4ª semana – no meio do povo

Ao acompanharmos a vida de Carlos de Áustria podemos admirar o quotidiano de um santo e um santo no quotidiano.

Ele era acessível a todos, fazia compras como simples pai de família, comprava o jornal como cidadão comum, mas sem nunca perder a sua dignidade e estatuto. Tinha a humildade na grandeza e a grandeza na humildade.

Ele estava sempre tão perto de Deus sem nunca ficar longe do povo, e estava bem perto do povo sem nunca ficar longe de Deus.

Como ensinava São João Paulo II – é necessário que o heroico se torne quotidiano e o quotidiano se torne heroico. Podemos confirmar isto na vida do Beato Carlos.

 

10 de dezembro de 1921 – sábado

 

11 de dezembro de 1921 – domingo

Terceiro Domingo do Advento.

 

12 de dezembro de 1921 – segunda-feira

Nas ruas do Funchal o povo cruzava-se com uma Imperatriz que ia pessoalmente às lojas, e com um Imperador que comprava o jornal no quiosque da esquina. Os madeirenses conheciam bem o lamentável destino do soberano, e amavam-no sinceramente. Todos lhe tiravam o chapéu, e ele correspondia com um sorriso triste.

 

13 de dezembro de 1921 – terça-feira

Várias vezes durante o dia o Imperador costumava dizer: “Preciso ir ver se a lamparina do altar ainda está a arder.” Quando dizia isso, todos sabiam que ficaria afastado por algum tempo, rezando de joelhos diante do Santíssimo Sacramento.

 

14 de dezembro de 1921 – quarta-feira

 

15 de dezembro de 1921 – quinta-feira

O Imperador passava grande parte da noite na presença do Santíssimo Sacramento, conservado no oratório da sua casa e, por mais urgentes que fossem, jamais resolvia assuntos importantes, sem antes estar junto ao Santíssimo Sacramento.

 

16 de dezembro de 1921 – sexta-feira

 

 

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