quinta-feira, 24 de junho de 2010

Padre Nosso


O Pai Nosso de cada dia (19)

Comparando as duas versões do Pai-nosso, em São Mateus e São Lucas, deparamos com algumas variantes.
Não é contra a intenção de Jesus que as comunidades, cuja intenção é consignada em São Mateus, tenham ampliado a oração do Senhor com alguma frase explicativa, dando-lhe também um arredondamento litúrgico para torná-la mais apta para o uso comunitário. Também São Lucas introduziu nelas alguns esclarecimentos linguísticos, acomodando-a à situação da sua comunidade.
Ainda hoje a Igreja tem o poder de pôr em uso pequenas mudanças formais e ornamentais, segundo as exigências ou desejos das circunstâncias. Não obstante, a Igreja tem sido parca nessa liberdade, usando quase integralmente, desde os tempos apostólicos, a versão de São Mateus.
A versão tradicional portuguesa do Pai-nosso foi actualmente por determinação dos Bispos em 1941, fazendo-se as seguintes alterações: Pai nosso em vez de Padre nosso e perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido em vez de perdoai-nos nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores.
Rezemos hoje com as palavras que os nossos patrícios usavam até meados do século XX.

Padre Nosso
que estais nos ceos
santificado seja o vosso nome
venha a nós o vosso reino
seja feita a vossa vontade
assim na terra como no ceo
o pão nosso de cada dia nos dai hoje
e perdoai-nos nossas dívidas
assim como nós perdoamos
aos nossos devedores
e não nos deixeis cahir em tentação
mas livrai-nos do mal.
Ámen.


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