Crónica de um santo na Madeira
9ª
semana – A alegria de um santo
O
Beato Carlos agradecia tanto as alegrias como as adversidades da vida porque para
ele, tudo era dom de Deus. Também gostava de repetir com frequência:
“Encontramo-nos nas mãos da Divina Providência. Tudo o que nos acontece está bem.
Apenas confiemos.”
Era
amável, respeitoso e cortês, sempre, em toda a parte e para com todos. Era
impossível ver algum sinal de amargura em seu rosto ou ouvi-lo dizer qualquer
palavra ríspida ou impaciente.
É
por isso que os santos são chamados bem-aventurados, isto é, felizes.
Eles
são felizes não por não sofrerem, mas apesar de sofrerem são felizes.
Não
esperam rir para serem felizes. A sua alegria vem do seu interior e não depende
das circunstâncias externas.
Segundo
São Francisco de Sales, um santo triste é um triste santo.
Ao
rever o Imperador a correr para partilhar uma alegria, vejo-o como missionário
da alegria.
Ao
revê-lo num passeio pela natureza em companhia de amigos, vejo-o como
mensageiro da amizade e gratidão.
Eu nunca vi um santo triste!
14
de janeiro de 1922 – sábado
O
arquiduque Roberto foi operado na Suíça, sem complicações.
Quando
o Imperador recebeu a notícia, como lembrava o Cónego António Homem de Gouveia,
correu solícito, mais de um quilómetro de distância, debaixo de uma chuva torrencial,
para transmitir-lhe a notícia, exclamando: “Uma grande preocupação a menos
na minha vida, e quanto agradeço a Deus.”
15
de janeiro de 1922 – domingo
16
de janeiro de 1922 – segunda-feira
17
de janeiro de 1922 – terça-feira
O
Imperador não era só admirado e apreciado pelo povo simples, devoto e humilde.
Também grandes personagens deram o seu testemunho de reconhecimento público.
Foi o caso, de entre tantos, de Roosevelt que o achava como o “homem
público, perfeito que a Europa possuía.” Também o poeta Anatole France o
elogiava dizendo ser o Imperador Carlos “o único nome digno e grande na
conflagração mundial 1914-1918.”
18
de janeiro de 1922 – quarta-feira
19
de janeiro de 1922 – quinta-feira
O Imperador,
acompanhado pelo Cónego António Homem de Gouveia e por D. João de Almeida, foi
em passeio a cavalo até ao Ribeiro Frio.
20 de janeiro de 1922 – sexta-feira
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