Crónica
de um santo na Madeira
11ª semana – Pai dedicado
Na Madeira, a partir de fevereiro, o Imperador Carlos, amável e respeitoso como sempre, passava o dia muito feliz com toda a família, dedicando grande parte do seu tempo à educação e à formação dos filhos, em especial dos dois mais velhos; enfim livre para gozar plenamente das alegrias da paternidade, sem nenhuma restrição de tempo.
Como
já fizera quando eram bem pequenos, instruiu-os sobre o catecismo, sobre a
História Sagrada e a vida do Redentor. Fazia de tudo para dirigir as suas almas e as suas mentes para Deus. Tinha o belo costume de levar os filhos, mesmo ainda
muito pequenos, para a capela, a fim de apresentá-los ao Senhor e, juntando-lhes
as mãos, ensinava-os a rezar. Além disso, abençoava-os, desde o primeiro
instante das suas vidas, com água benta e repetia este gesto, todas as noites,
antes de se porem na cama para dormir, colocando-os sob a proteção de seus
Anjos da Guarda.
Ao contemplarmos a família dos santos ou os santos em família, é uma boa oportunidade de nos lembrarmos que os santos são da nossa família e que nós somos da família dos santos e que não há santo sem família nem família sem santo.
28
de janeiro de 1922 – sábado
29
de janeiro de 1922 – domingo
30
de janeiro de 1922 – segunda-feira
Carlos
participou na sé do Funchal na missa de Requiem pela morte do Papa Bento XV.
31
de janeiro de 1922 – terça-feira
Neste
dia 31 de janeiro, mas de 2008, um tribunal da Igreja, após 16 meses de
investigação, reconhecerá formalmente um segundo milagre atribuído a Carlos I
(necessário para sua canonização como santo na Igreja Católica). Em uma rara
reviravolta, uma mulher da Flórida alegou ter sido milagrosamente curada não
era católica, mas batista. Porém, devido a essa experiência, ele se converteu
ao catolicismo logo em seguida.
Infelizmente
esta mulher morreu antes do período de cinco anos necessário para a confirmação
do milagre atribuído ao Beato Carlos.
01
de fevereiro de 1922 – quarta-feira
02
de fevereiro de 1922 – quinta-feira
A
imperatriz Zita regressou à Madeira com seis dos seus filhos (os arquiduques
Otto, Adelaide, Félix, Carlos Luís, Rodolfo e Carlota) a bordo do Avon, da Mala
Real Inglesa. O filho Roberto, ainda em recuperação da intervenção cirúrgica,
chegaria mais tarde, no início de março.
Às
sete da manhã o navio acostou no porto e o Imperador estava à sua espera e foi
a bordo juntamente com o cónego António Homem de Gouveia receber a família.
Antes
de regressar a casa participou com a família na celebração da Festa da
Apresentação de Jesus no Templo, na sé do Funchal.
03
de fevereiro de 1922 – sexta-feira
Primeira
Sexta-feira do mês.
Aquando da Primeira Comunhão do seu filho Otto, a 02 de outubro de 1918, o Imperador tinha consagrado toda a sua família ao Sagrado Coração de Jesus. O Ato de Consagração ao Coração de Jesus era recitado na capela da família todas as primeiras sextas-feiras do mês.
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