sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Crónica de um santo (11)


Crónica de um santo na Madeira


11ª semana – Pai dedicado

Na Madeira, a partir de fevereiro, o Imperador Carlos, amável e respeitoso como sempre, passava o dia muito feliz com toda a família, dedicando grande parte do seu tempo à educação e à formação dos filhos, em especial dos dois mais velhos; enfim livre para gozar plenamente das alegrias da paternidade, sem nenhuma restrição de tempo.

Como já fizera quando eram bem pequenos, instruiu-os sobre o catecismo, sobre a História Sagrada e a vida do Redentor. Fazia de tudo para dirigir as suas almas e as suas mentes para Deus. Tinha o belo costume de levar os filhos, mesmo ainda muito pequenos, para a capela, a fim de apresentá-los ao Senhor e, juntando-lhes as mãos, ensinava-os a rezar. Além disso, abençoava-os, desde o primeiro instante das suas vidas, com água benta e repetia este gesto, todas as noites, antes de se porem na cama para dormir, colocando-os sob a proteção de seus Anjos da Guarda.

Ao contemplarmos a família dos santos ou os santos em família, é uma boa oportunidade de nos lembrarmos que os santos são da nossa família e que nós somos da família dos santos e que não há santo sem família nem família sem santo.

28 de janeiro de 1922 – sábado

 

29 de janeiro de 1922 – domingo

 

30 de janeiro de 1922 – segunda-feira

Carlos participou na sé do Funchal na missa de Requiem pela morte do Papa Bento XV.

 

31 de janeiro de 1922 – terça-feira

Neste dia 31 de janeiro, mas de 2008, um tribunal da Igreja, após 16 meses de investigação, reconhecerá formalmente um segundo milagre atribuído a Carlos I (necessário para sua canonização como santo na Igreja Católica). Em uma rara reviravolta, uma mulher da Flórida alegou ter sido milagrosamente curada não era católica, mas batista. Porém, devido a essa experiência, ele se converteu ao catolicismo logo em seguida.

Infelizmente esta mulher morreu antes do período de cinco anos necessário para a confirmação do milagre atribuído ao Beato Carlos.

 

01 de fevereiro de 1922 – quarta-feira

 

02 de fevereiro de 1922 – quinta-feira

A imperatriz Zita regressou à Madeira com seis dos seus filhos (os arquiduques Otto, Adelaide, Félix, Carlos Luís, Rodolfo e Carlota) a bordo do Avon, da Mala Real Inglesa. O filho Roberto, ainda em recuperação da intervenção cirúrgica, chegaria mais tarde, no início de março.

Às sete da manhã o navio acostou no porto e o Imperador estava à sua espera e foi a bordo juntamente com o cónego António Homem de Gouveia receber a família.

Antes de regressar a casa participou com a família na celebração da Festa da Apresentação de Jesus no Templo, na sé do Funchal.

 

03 de fevereiro de 1922 – sexta-feira

Primeira Sexta-feira do mês.

Aquando da Primeira Comunhão do seu filho Otto, a 02 de outubro de 1918, o Imperador tinha consagrado toda a sua família ao Sagrado Coração de Jesus. O Ato de Consagração ao Coração de Jesus era recitado na capela da família todas as primeiras sextas-feiras do mês.


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