Crónica
de um santo na Madeira
8ª semana – Cidadão do mundo
O
Imperador Carlos não pertence apenas à Áustria ou à Hungria. Ele é um cidadão
do mundo, património universal.
Ele
completa o testemunho de Santo António de Lisboa, nas palavras do pregador
António Vieira:
A
Santo António, concedeu Deus para nascer, Portugal: para morrer, o mundo.
Ao
Beato Carlos, concedeu Deus para nascer, o mundo; para morrer, Portugal.
Na
Áustria e Hungria reinou como rei deste mundo
Na
Madeira reinou como exemplo para todo o mundo.
Como
Santo reina agora para o mundo todo.
Ser santo é ser cidadão do mundo.
A
Madeira passou a ser a sua nova pátria, o Funchal a sua leal cidade, o Monte a
sua antecâmara de eternidade.
Ele
é do Monte, é do Funchal, é de Portugal, é da Áustria e da Hungria, é de todo o
Mundo, porque é de Deus.
O
seu exemplo e dedicação não têm fronteiras.
Ser santo é ser irmão universal.
O Beato Carlos viveu e promoveu a união e a
paz entre os povos, nações e pessoas. O espírito do Coração de Jesus, que o
envolvia, não é um espírito de divisão e de guerra. Não há nações no céu. Os santos
vivem esse mistério já aqui na terra.
Ser santo é ser cidadão do infinito.
07
de janeiro de 1922 – sábado
O Imperador
Carlos foi ao Monte, em carro de bois, e visitou a Quinta Rocha Machado (hoje
Quinta do Imperador). Era o primeiro sábado do mês e do ano, dedicado ao
Imaculado Coração de Maria.
Cumpriu
assim a promessa de visitar o Santuário do Monte, feita antes mesmo de
desembarcar no Funchal. Apontando para o Monte disse: “Deve ser um templo
dedicado a Nossa Senhora; em breve iremos visitá-lo.”
O
Imperador levava sempre consigo um terço, rezando-o em segredo. No início da
guerra, de tanto rezar, tinha desgastado um terço de ouro de modo que a
arquiduquesa precisou arranjar-lhe outro. Esse terço fora um presente do Papa
Pio X, o mesmo papa que tinha confidenciado a Zita que o seu noivo Carlos era a
recompensa que Deus tinha reservado à Áustria por tudo aquilo que ela fez pela
Igreja.
08
de janeiro de 1922 – domingo
09
de janeiro de 1922 – segunda-feira
Casado,
havia 10 anos, o Imperador tinha 7 filhos e uma esposa grávida. Apesar disso nunca
se tinha sentido tão só como nestes dias. A Imperatriz Zita tinha ido ter com os
filhos para acompanhar o Roberto que ia ser operado e tentar trazê-los a todos
para junto do pai. Eis os filhos do casal imperial: Otto com 9 anos, Adelaide,
Roberto, Félix, Carlos Luís, Rudolfo e Carlota de apenas um ano de idade.
10
de janeiro de 1922 – terça-feira
11
de janeiro de 1922 – quarta-feira
Apesar
de estar isolado neste princípio de ano do resto da sua família o Imperador
sentia-se apreciado e apoiado pelo povo madeirense a ponto de referir
agradecido: “Eu quase poderei dizer – A minha sempre fiel cidade do Funchal.”
12
de janeiro de 1922 – quinta-feira
13 de janeiro de 1922 – sexta-feira
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