quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Crónica de um santo (8)


Crónica de um santo na Madeira

 

8ª semana – Cidadão do mundo

O Imperador Carlos não pertence apenas à Áustria ou à Hungria. Ele é um cidadão do mundo, património universal.

Ele completa o testemunho de Santo António de Lisboa, nas palavras do pregador António Vieira:

A Santo António, concedeu Deus para nascer, Portugal: para morrer, o mundo.

Ao Beato Carlos, concedeu Deus para nascer, o mundo; para morrer, Portugal.

Na Áustria e Hungria reinou como rei deste mundo

Na Madeira reinou como exemplo para todo o mundo.

Como Santo reina agora para o mundo todo.

Ser santo é ser cidadão do mundo.

A Madeira passou a ser a sua nova pátria, o Funchal a sua leal cidade, o Monte a sua antecâmara de eternidade.

Ele é do Monte, é do Funchal, é de Portugal, é da Áustria e da Hungria, é de todo o Mundo, porque é de Deus.

O seu exemplo e dedicação não têm fronteiras.

Ser santo é ser irmão universal.

O Beato Carlos viveu e promoveu a união e a paz entre os povos, nações e pessoas. O espírito do Coração de Jesus, que o envolvia, não é um espírito de divisão e de guerra. Não há nações no céu. Os santos vivem esse mistério já aqui na terra.

Ser santo é ser cidadão do infinito.

07 de janeiro de 1922 – sábado

O Imperador Carlos foi ao Monte, em carro de bois, e visitou a Quinta Rocha Machado (hoje Quinta do Imperador). Era o primeiro sábado do mês e do ano, dedicado ao Imaculado Coração de Maria.

Cumpriu assim a promessa de visitar o Santuário do Monte, feita antes mesmo de desembarcar no Funchal. Apontando para o Monte disse: “Deve ser um templo dedicado a Nossa Senhora; em breve iremos visitá-lo.”

O Imperador levava sempre consigo um terço, rezando-o em segredo. No início da guerra, de tanto rezar, tinha desgastado um terço de ouro de modo que a arquiduquesa precisou arranjar-lhe outro. Esse terço fora um presente do Papa Pio X, o mesmo papa que tinha confidenciado a Zita que o seu noivo Carlos era a recompensa que Deus tinha reservado à Áustria por tudo aquilo que ela fez pela Igreja.

 

08 de janeiro de 1922 – domingo

 

09 de janeiro de 1922 – segunda-feira

Casado, havia 10 anos, o Imperador tinha 7 filhos e uma esposa grávida. Apesar disso nunca se tinha sentido tão só como nestes dias. A Imperatriz Zita tinha ido ter com os filhos para acompanhar o Roberto que ia ser operado e tentar trazê-los a todos para junto do pai. Eis os filhos do casal imperial: Otto com 9 anos, Adelaide, Roberto, Félix, Carlos Luís, Rudolfo e Carlota de apenas um ano de idade.

 

10 de janeiro de 1922 – terça-feira

 

11 de janeiro de 1922 – quarta-feira

Apesar de estar isolado neste princípio de ano do resto da sua família o Imperador sentia-se apreciado e apoiado pelo povo madeirense a ponto de referir agradecido: “Eu quase poderei dizer – A minha sempre fiel cidade do Funchal.

 

12 de janeiro de 1922 – quinta-feira

 

13 de janeiro de 1922 – sexta-feira


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