Há 150 anos o Concílio Vaticano I
proclamou o dogma da infalibilidade pontifícia. O Papa de então era Pio IX.
O Pe. Dehon estava lá como estenógrafo dos trabalhos do Concílio e deixou escrito no seu diário pessoal:
18 de julho de 1870
Quarta sessão do Concílio.
Te Deum laudamus!
Está terminado.
Com exceção de duas vozes dissidentes, o
dogma da infalibilidade papal obteve unanimidade.
Com a sua abstenção, os opositores
tornaram possível a unanimidade. Não compareceram à sessão cerca de oitenta
bispos.
Uma terrível tempestade cercou
Saint-Pierre, mergulhada quase na escuridão. O dogma foi proclamado debaixo de raios e trovões.
No meio da multidão, alguns do
galicanismo pensaram ou disseram: isto é fim! Os outros pensaram no futuro e
disseram: estamos no monte Sinai. Esta palavra responde melhor à minha fé.
Parece-me que hoje estamos a sair do Egito e agora o mundo está desfaraonizado.
Para dizer a verdade, para onde vamos, o caminho pode ser longo, mas temos Moisés, melhor, mais que Moisés.
Glória a
Deus no céu e paz na terra aos homens de boa vontade! (NHV nº 8)
Na proclamação do dogma estavam
presentes 535 bispos. Os dois votos negativos foram de D. Luís Riccio, Bispo de
Caiazzo e de D. E. Fitzgerald, Bispo de Little Rock. Logo depois da definição
os dois declararam a sua submissão à doutrina definida, ajoelhando-se diante do
Papa e dizendo: Modo credo, Sancte Pater (Agora creio, Santo Padre)… E um raio
de sol incidiu sobre o Papa.
Sem comentários:
Enviar um comentário