sábado, 18 de julho de 2020

O Pe. Dehon estava lá


Há 150 anos o Concílio Vaticano I proclamou o dogma da infalibilidade pontifícia. O Papa de então era Pio IX.

O Pe. Dehon estava lá como estenógrafo dos trabalhos do Concílio e deixou escrito no seu diário pessoal:

 

18 de julho de 1870

Quarta sessão do Concílio.

Te Deum laudamus!

Está terminado.

Com exceção de duas vozes dissidentes, o dogma da infalibilidade papal obteve unanimidade.

Com a sua abstenção, os opositores tornaram possível a unanimidade. Não compareceram à sessão cerca de oitenta bispos.

Uma terrível tempestade cercou Saint-Pierre, mergulhada quase na escuridão. O dogma foi proclamado debaixo de raios e trovões.

No meio da multidão, alguns do galicanismo pensaram ou disseram: isto é fim! Os outros pensaram no futuro e disseram: estamos no monte Sinai. Esta palavra responde melhor à minha fé. Parece-me que hoje estamos a sair do Egito e agora o mundo está desfaraonizado.

Para dizer a verdade, para onde vamos, o caminho pode ser longo, mas temos Moisés, melhor, mais que Moisés. 

Glória a Deus no céu e paz na terra aos homens de boa vontade! (NHV nº 8)

 

Na proclamação do dogma estavam presentes 535 bispos. Os dois votos negativos foram de D. Luís Riccio, Bispo de Caiazzo e de D. E. Fitzgerald, Bispo de Little Rock. Logo depois da definição os dois declararam a sua submissão à doutrina definida, ajoelhando-se diante do Papa e dizendo: Modo credo, Sancte Pater (Agora creio, Santo Padre)… E um raio de sol incidiu sobre o Papa.

 

 


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