4ª feira - XVII semana comum
"Um
mercador que negociava e tratava em pérolas, achando uma, deu tudo quanto tinha
e comprou-a.
Quem é o mercador, qual é a pérola e que é o tudo que deu por ela?
Quem é o mercador, qual é a pérola e que é o tudo que deu por ela?
O
mercador é Cristo, a pérola é a alma, o tudo o que deu por ela, é tudo o que
Deus tinha, e tudo o que era. Deu-se na Encarnação, deu-se no Sacramento,
deu-se na Cruz, dá-se na glória." (Sermão do Pe. António Vieira, 1655)
Foto - Pérolas de
grande valor, in gloria.tv/LawrenceOP-Fan
As ostras perlíferas são bivalves capazes de produzir pérolas valiosas.
A
formação de uma pérola inicia-se quando algum corpo estranho, como um grão de
areia ou um parasita, entra no espaço entre a concha e o manto. Então este segrega
sucessivas camadas de nácar (madrepérola, material orgânico presente na superfície
interna da concha, usada para fazer botões) para cobrir e isolar o invasor.
Trata-se portanto de um mecanismo de defesa. Passado algum tempo, (dependendo
da ostra e do tamanho do agente causador da dor), essas camadas sobrepostas dão
origem à pérola.
Se
não há dor e sofrimento, não há pérola. O ato criador, seja na ciência, seja na
arte ou na religião, nasce sempre de uma dor. É um ato criaDOR.
Uma
ostra que não foi ferida, de modo algum produz pérolas.
O
mesmo pode acontecer connosco, quando nos sentimos feridos pelas palavras duras
de alguém, quando acusados injustamente, quando as nossas ideias são
simplesmente ignoradas ou ridicularizadas, quando somos alvo de preconceito ou
de indiferença… É altura de cobrir as nossas mágoas com várias camadas de amor
e produzir pérolas valiosas que o entendido na matéria procura.
Jesus é esse negociante de pérolas que se formam no nosso coração. Só Ele reconhece o nosso valor...
Jesus é esse negociante de pérolas que se formam no nosso coração. Só Ele reconhece o nosso valor...
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