quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Como burro num poço


5ª feira – XXXIV semana comum

Quando estas calamidades começarem a acontecer,
erguei-vos e levantai a cabeça,
porque a vossa libertação está próxima.


















Era uma vez um burro que teve a desgraça de cair num poço vazio.
Bem se esforçava por trepar pelas paredes, mas a terra desmoronava-se e ele continuava lá dentro cada vez com menos forças.
A certa altura viu que o seu patrão e senhor, que parecia não ter meios ou vontade de o tirar dali, deitava montes de terra para cima do pobre burro. Mais uma desgraça a somar. Ele erguia-se e levantava a cabeça, pensando: Que mais irá acontecer… todos me abandonam, calamidade atrás de calamidade.
O seu senhor continuava a atirar-lhe terra para cima. E o burro pensava: ele quer sepultar-me depressa… Agora vejo a consideração que ele tem por mim… Nunca pensei que ele me desprezasse tanto. Eu não mereço isto. Tantos serviços prestei ao meu patrão... e ele dá-me esta paga.
E quanto mais lhe atiravam terra, mais se sacudia, ponha-se de pé e levantava a cabeça, porque apesar de ser burro ele tinha alguma dignidade… Até que, depois de poucas horas, a terra que lhe atiraram já era tanta, que ele de pé sobre ela, pôde saltar sem esforço para fora do poço agora cheio de… terra.
Cá fora percebeu que afinal aquelas desgraças todas não foram para o seu mal… mas para a sua salvação. Valeu a pena erguer-se e levantar a cabeça.

De facto, às vezes nos sentimos uns burrinhos, atirados para dentro de um poço… atraindo toda a espécie de desgraças… É preciso levantar a cabeça porque Alguém está a pensar em nós e a gerir a nossa salvação.

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