Hospedado
em Lisboa
“Desembarcámos no dia
26 (de março de1900) em Lisboa e instalamo-nos no Hotel Central”. (cf. Para além dos Pirenéus)
A
chegada parece ter sido no fim do dia 26
de março de 1900, segunda-feira, embora haja contradição, pois na narração
diz que foi de manhã, mas no esquema anota que foi à noite.
Aqui
ficaria instalado durante 3 dias, até 29,
quarta-feira, indo então para Sintra e daí para o norte.
Ficava
perto da casa dos Dominicanos Irlandeses e da Igreja do Corpo Santo onde o Pe.
Dehon celebrou enquanto esteve em Lisboa.
O
Hotel Central situa-se na Praça do
Duque da Terceira, entre a Avenida das Naus e a Rua do Arsenal, perto da
estação Cais de Sodré.
Era
um dos mais famosos de Lisboa oitocentista e dos alvores do século XX. Era
recomendado aos visitantes estrangeiros como muito confortável, sendo o
“serviço de primeira”.
Figuras
ilustres foram hóspedes do Hotel Central:
-
Júlio Verne, que jantou aí duas noites.
-
Eça de Queirós, que foi hóspede assíduo e nos seus romances O Primo Basílio e
Os Maias descreve várias cenas no hotel pois os seus protagonistas,
respetivamente Basílio, Egas, Carlos e Eduarda frequentavam essas instalações.
O
Hotel encerrou em 1919, foi restaurado ao estilo dos anos 20 e hoje é ocupado pela
Agência de Viagens Abreu, por um balcão da CGD e por um restaurante irlandês.
(Cf. blog monumentos desaparecidos)
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