Conta
o Cardeal-Arcebispo Teodósio de Gouveia de Lourenço Marques, Moçambique, 27 de
Fevereiro de 1953:
“Este
episódio ocorreu recentemente numa das nossas Missões do mato.
Um
rapazinho indígena aproximou-se de um missionário católico e disse-lhe:
-
Senhor Padre, ando muito triste. Tenho uma grande tristeza no coração. Eu vou à
igreja protestante, leio no livro, mas regresso a casa sempre triste.
-
E porque andas assim tão triste? – perguntou o missionário.
-
É porque tenho um pecado. Os meus companheiros da Missão Católica dizem-me que
o padre católico tira o pecado. Mas eu vou à Missão protestante, leio no livro,
e volto para casa com o pecado e, por isso, ando muito triste.
-
E porque não vais para a Missão católica? – perguntou o missionário.
-
Oh! Eu bem queria – respondeu o rapazito – mas não posso. Meu pai e meu avô são
pastores protestantes e toda a minha família é protestante. Quando lhes digo
que quero ir para a Missão Católica, ameaçam-me com pancada e com a expulsão da
família. Senhor Padre, ando muito triste, porque tenho um pecado e não posso
tirá-lo do meu coração.
Este
pequenino episódio, comovente na sua simplicidade, revela um drama doloroso, o
drama de milhões de homens e mulheres que aspiram à reconciliação com Deus para
viverem em paz e alegres.”
Tal
como no episódio do Evangelho de Hoje, é preciso vencer os obstáculos e
aproximar-se de Jesus para que nos liberte dos pecados e nos encha de paz e de
alegria.
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