4ª feira – IV semana da Páscoa
Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que acredita em Mim não fique nas trevas.
Conta-se que certo protestante inglês entrou com a
sua filhinha de 5 anos numa igreja católica de Londres. Ao ver uma luzinha
acesa diante do sacrário, a menina perguntou:
- Papá, por que está acesa aquela lâmpada?
Ao que o pai respondeu:
- Porque ali, atrás daquela portinha dourada,
mora Jesus!
- Então, ela contestou:
- Papá, eu quero ver Jesus!
- Não se pode, filha, porque a portinha está
fechada – respondeu o pai solícito.
De seguida, saíram da igreja e mais adiante
entraram num oratório protestante. Chegado ali, logo a criança disse:
- Papá, aqui não tem aquela luzinha acesa por
quê?
Meio desconcertante, o pai não soube responder.
De facto, ali não havia nem luzinha, nem
sacrário. (Cf. Frei João Costa, OCD, “Ai, se essa luz pequenina se apaga!” in Boletim
de Espiritualidade, outubro 2022).
Aquela luzinha atrai, captura o olhar e a
atenção. Quando tu entras, aquela luzinha chama e prende. Fala contigo e
convida-te a aproximares-te, a esqueceres-te e a queimares-te. Seduz e
encandila as borboletas, queima e abrasa-lhes as asas até elas caírem exaustas
e mortas de amor!
Aquela luzinha nunca desarma, e diz:
- Vem, vem para aqui aproxima-te! Prende-te!
Prende-te aqui. Fica aqui. Fiquemos juntinhos! Vá, fiquemos juntinhos aqui,
sim!
Aquela luzinha é um sinalzinho que até podes não
ver, não querer ver, ou nada perceber. Aliás, desde um qualquer lugar do
templo, pesada, podes baixar a cabeça. Colocá-la entre as mãos. Segurá-la em
desespero. Ou deixá-la repousar. Ou podes adormecer. Mas a luzinha fica ali. Tremeluzindo
ali. Interpelando-te dali. Sem gritar. Sem forçar. Dizendo-te apenas:
- Olá! Estou aqui, vês-me? Olha! Olha, que Ele
está aqui! Comigo, contigo, Ele está aqui! Serena e acalma-te, que Ele está
aqui!
E mais nada.
Ai, que se a luzinha se apaga, a noite cai!
À margem 1
Se deres as costas à luz, nada mais verás além do
que tua própria sombra.
À margem 2
Trevas são ignorância – Luz é sabedoria
Trevas são ódio – Luz é amor
Trevas são desilusão – Luz é esperança
Trevas são tristeza – Luz é alegria
Trevas são solidão – Luz é companhia
Trevas são morte – Luz é vida eterna
Trevas são perdição – Luz é salvação
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