4ª
feira – IV semana da Páscoa
Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que acredita em Mim não fique nas trevas.
Era
uma vez uma mulher que se sentia muito só no seu lugar de trabalho porque era a
única católica praticante. Todos a ridicularizam por causa da sua fé e a acusavam de ter uma
mente estreita. Chamavam-na beata, fanática, tradicionalista, antiquada ou
fundamentalista, para não nomear outras palavras mais duras. Todos a evitavam
nos convívios ou saídas. O ambiente era insuportável e por várias vezes pensou
em deixar aquele local de trabalho…
Em
casa era a mesma coisa. O marido e os filhos diziam que se envergonhavam dela
por ser tão piedosa.
Ela
estava desesperada e não sabia o que fazer. Nem tentava falar-lhes da sua fé
porque o desprezo ainda seria pior. Por isso chorava, vivia triste e isolava-se
cada vez mais.
Foi
então desabafar ao seu pároco.
O
padre, depois de ouvir todas as queixas e mágoas, perguntou-lhe simplesmente:
-
Diga-me onde é que se põe geralmente as luzes? Em lugares escuros ou em lugares
bem iluminados?
-
Os lugares escuros é que precisam de mais luz – respondeu sem saber a intenção da
pergunta.
-
O teu local de trabalho e a tua casa são verdadeiramente lugares escuros e é aí
que Deus te colocou como luz, como testemunha de Cristo.
-
Mas todos tornam difícil a minha vida. Que faço?
-
Seja como a luz. Não diga nada. Brilhe apenas. E quanto maior for a escuridão
da incompreensão reze interiormente dizendo: Onde houver trevas que eu leve a
luz.
E
a mulher voltou para casa com outra cara. Voltou a ouvir as mesmas acusações, a
sentir o mesmo desprezo e as mesmas trevas, mas já não mostrava cara triste e repetia interiormente vezes
sem conta – onde houver trevas que eu leve a luz… até que os outros começaram a
mudar, a apreciá-la e a imitá-la. E o milagre aconteceu.
Os
cristãos são como Jesus enviados como luz do mundo para que ninguém fique nas
trevas.
-
Onde houver trevas que eu leve a luz!
Ver
também:
Sem comentários:
Enviar um comentário