Da Madeira para o Céu – Beato Carlos de Áustria – um santo da nossa terra
No dia 1 de abril de 1922 partiu do Monte para a
eternidade o Imperador Carlos de Áustria.
É de verdade um santo madeirense, por vários
motivos:
1º argumento
Se São Pedro e São Paulo são considerados santos
romanos, apesar de terem nascido na Terra Santa ou Médio oriente;
Se Santo António é chamado de Pádua, embora tenha
nascido em Lisboa;
Se São Francisco Xavier é conhecido como o santo
do Oriente e das Índias, embora seja de Navarra;
Se a Rainha Santa Isabel é designada como de Portugal
embora tenha nascido em Aragão;
Porque é que o Beato Carlos, Imperador, não é
chamado o Santo da Madeira, embora nascido em Áustria?
De facto, foi na Madeira que o Beato Carlos
nasceu para o Céu e, portanto, é com toda a propriedade um santo madeirense.
2º argumento
Parafraseando o Pe. António Vieira, podemos dizer
que Deus lhe deu para nascer um grande e nobre mundo, mas para morrer Deus lhe
deu esta pequena e humilde terra que é a Madeira. Não é o lugar de chegada que
dita a nossa terra, mas o local da nossa partida.
3º argumento
É habitual que o dia do falecimento de um santo seja
considerado o Die Natalis in caelum, ou seja, o dia do nascimento para o céu. Então
também o local onde viveu esse dia deve tornar-se a sua terra natal.
4º argumento
Carlos de Áustria considerava-se um madeirense,
filho dessa terra que o acolheu e o adotou como verdadeiro filho. Ele
considerava esta terra como sua e a Madeira considerava-o como seu.
5º argumento
Carlos da Áustria veio para a Madeira para partir
e para ficar. Veio para partir daqui para a eternidade. Mas veio também para
ficar aqui sepultado, para fazer parte deste chão. Ele não está apenas nesta
terra. Ele faz parte desta terra.
Por tudo isto, o Beato Carlos de Áustria é com toda a
propriedade um verdadeiro SANTO da MADEIRA. Não um santo de madeira, mas um
santo autêntico, de carne e osso, um santo madeirense.
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