quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Prisioneiros, mas livres


4ª feira – III semana do advento

 

Prisioneiro, mas livre

João era prisioneiro de Herodes

Jeremias era prisioneiro do povo que não queria converter-se

Paulo prisioneiro dos romanos

Pedro prisioneiro de Nero

João da Cruz prisioneiro dos seus inimigos

Mas eram livres de si mesmos, tinham domínio de si mesmo

O seu coração vivia o amor.

 

Também os cegos eram libertados e passavam a ver

Os coxos eram libertados e começavam a andar

Os leprosos eram libertados e ficavam limpos

Os surdos eram libertados e passavam a ouvir

Os mortos eram libertados e ressuscitavam

E os pobres eram libertados e viviam o Evangelho do Reino.

Todos estes eram prisioneiros, mas foram libertados e livres.

 

Livre, mas prisioneiro

Eu sou livre, mas prisioneiro de mim mesmo

Prisioneiro do egoísmo

do desamor

do comodismo

do consumismo

da superficialidade

Vivo no mundo dos livres “escravos”

de pequenas ou grandes coisas.

Preciso de libertação interior

É a hora da liberdade

Posso ser prisioneiro, mas com o coração livre

Memória de São João da Cruz

Presbítero e doutor da Igreja

1542- 1591

 

É considerado o maior poeta entre todos os santos

E o maior santo entre todos os poetas.

 

Santa Teresa de Ávila, com 52 anos, encontrou João Yepes, com 25 anos, nas vésperas da sua ordenação sacerdotal. Este manifestou-lhe o desejo de ir para a Cartuxa para lá fazer uma entrega mais generosa ao Senhor. Teresa respondeu-lhe:

- Para quê queres ir buscar fora o que podes encontrar dentro da tua própria ordem?

E convidou-o a unir-se à sua reforma institucional.

Ele aceitou o desafio e tornou-se o primeiro frade Carmelita Descalço e mudou o nome para João da Cruz.

Escreveu muito não como entretenimento, mas para ensinar como percorrer o caminho do seguimento de Cristo e ultrapassar as dificuldades desse seguimento.

Os seus primeiros escritos poéticos e místicos foram compostos em 1578, precisamente no cárcere, aos 35 anos. Os adversários da reforma carmelita queriam frustrar a sua ação e reforma.

 

Ver também:

A resposta dos pobres

 

Ver ainda:

Santo, poeta e místico

 

Sem comentários: