segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Câmbio de talentos


Ano A - XXXIII domingo comum

 

Na homilia deste domingo considerámos 4 aspetos da parábola dos talentos:

- Um contabilista apresentou o Valor incalculável dos talentos.

- O Padre apresentou do Peso da responsabilidade e da capacidade dos talentos.

- As Crianças simularam a parábola com talentos ou moedas de chocolate.

- E os Jovens apresentaram uma imagem atualizada da parábola dos talentos para os dias de hoje.

 

1. O valor do talento

Um talento corresponde a 20 anos de trabalho de um operário.

Em 20 anos temos 7.300 dias, mas retirando um dia de descanso por semana que são 960 dias, ficam 6.440 dias.

Se em média um operário ganha 25€ por dia, a multiplicar por 6.340 dias, temos 159.500€ em 20 anos.

Assim, na parábola, a um amigo foi dado 5 talentos, isto é 792.500€ (que foram dobrados para 1.585.000€)

A outro foi dado 2 talentos, isto é, 317.000€ (que renderam o dobro que é 634.000€).

E a outro 1 talento, que vale 158.500€.

Conclusão: É muito dinheiro! O valor que cada um recebeu é enorme. Parece incalculável a confiança de alguém ao entregar esses valores nas mãos dos seus amigos, bem como o esforço de cada um em render outro tanto.

 

2. O peso do talento

Um senhor chamou os seus amigos…

Este Senhor é Deus que nos chamou à vida e nos colocou aqui na terra para guardarmos a sua Palavra e a sua Criação.

 

Entregou os seus bens, conforme a capacidade de cada qual…

É Deus que nos entrega os seus dons, a sua graça.

Porque é que não distribuiu com mais igualdade as suas dádivas?

Porque é que alguém recebeu cinco talentos e o outro apenas um?

Cada talento correspondia a 6.000 moedas de prata, pesando 26 quilos.

Assim os 5 talentos (30.000 moedas de prata) deviam pesar 130 quilos.

Os 2 talentos correspondiam a 12.000 moedas e pesar 52 quilos.

Conforme a capacidade de cada um, quer dizer consoante as forças de levar esse peso e o peso do rendimento…

Assim quem recebeu 5 talentos tinha capacidade ou força para levar o dobro, ou melhor 260 quilos (os 5 que recebeu e outros 5 que rendeu).

Quem recebeu 2 talentos era forte para levar 104 quilos, isto é, 52 quilos que recebeu e outros tantos, fruto do seu esforço de rendimento.

Na mesma lógica quem recebeu apenas 1 talento tinha força para levar 52 quilos, isto é, o peso do que recebeu e outro tanto que devia render.

1 talento = 6.000 moedas de prata = 26 quilos

(+ 1 talento = 6.000 moedas = 26 quilos) = Total 52 quilos

2 talentos = 12.000 moedas de prata = 52 quilos

(+ 2 talentos = 12.00 moedas = 52 quilos) = Total 104 quilos

5 talentos = 30.000 moedas de prata = 130 quilos

(+5 talentos = 30.000 moedas = 130 quilos) = Total 260 quilos

 

Depois o senhor partiu…

É Deus que nos deixa em liberdade e responsabilidade. Pôs-nos nesta terra, deu-nos os seus dons e talentos, mas retira-se…

Deus afasta-se para incentivar a nossa responsabilidade.

 

O senhor avaliou a ação de cada amigo…

Somos chamados a prestar contas do que fizemos daquilo que Deus nos deu. A avaliação tem em conta o que se recebeu e o que damos – aos dons de Deus temos de acrescentar a nossa ação.

 

Muito bem servo bom e fiel…

É feliz porque foi quem devia ser e fez o que devia fazer – amar e render com toda as suas capacidades, com todas as suas forças… Tinha força para levar 260 quilos, ou seja, 10 talentos, e assim fez… ou para levar 104 quilos ou 24.000 moedas e assim levou.

 

Servo mau e preguiçoso…

Não somou nada ao que recebeu. Foi preguiçoso pois tinha capacidade para acarretar 52 quilos, ou seja, 12.000 moedas de prata e contentou-se por levar só metade… apenas o que recebeu e nada do que poderia fazer. Amou a meias…

 

Conclusão:

É muito peso, é muita responsabilidade! 

Quem tinha menos peso a levar, foi o mais preguiçoso… e nada fez.

 

3. A simulação do talento

Pedi a presença de 3 voluntários. A cada um entreguei um saco de pano, supostamente vazio, nos qual eu já tinha colocado 5 moedas e noutro 2 moedas.

Depois deitou 5 moedas (de chocolate…) no primeiro saco, 2 no outro e 1 no último.

Pedi então que o terceiro se sentasse enquanto os outros dois colocassem o saco às costas e dessem duas voltas rodando sobre si mesmos.

Depois pedi que o 1º retirasse as moedas que tinha dentro do saco e ele, com espanto apresentou 10 moedas:

- Bravo. Bom trabalho. As duas voltas que destes duplicaram as moedas que recebeste.

Fiz o mesmo ao 2º que também tinha dobrado as moedas para 4.

Finalmente pedi ao 3º que apresentou apenas 1 moeda, aquela que tinha recebido à vista de todos. Ele ficou envergonhado e percebeu que não deveria ter ficado sentado.

No final, os talentos ou moedas de chocolate foram partilhadas equitativamente por todos os que simularam a parábola.

 

Conclusão:

Tudo o que recebemos é uma oferta de grande valor, mas é preciso dar uma volta e desenvolver tudo isso com trabalho ou esforço. Se ficarmos sentados com preguiça, ficaremos sem nada.

 

4. A atualização do talento

A imagem diz tudo.

Ver também:

Fazer a minha parte

Outra versão

Versão pragmática

Amar o que se faz

 

Sem comentários: