quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Os quatro seres vivos


4ª feira – XXXIII semana comum

Da primeira Leitura

À volta do Trono vi quatro Seres Vivos. O primeiro Ser Vivo era semelhante a um leão,  o segundo a um novilho, o terceiro tinha o rosto como o de um homem e o quarto era semelhante a uma águia em pleno voo. E não cessavam de clamar dia e noite: Santo, Santo, Santo, Senhor Deus Omnipotente, Aquele que é, que era e que há de vir…

 

Em geral identificamos estes quatro seres com os quatro evangelistas – Marcos/Leão; Lucas/novilho; Mateus/rosto humano e João/águia.

A minha reflexão liga este trecho a Lc 10,27 ou Dt 6,4 – O Primeiro Mandamento é Amar ao Senhor com todo o teu coração

Com toda a tua alma

Com todas as tuas forças

E com todo o teu entendimento.

 

Isto não é nem mais nem menos do que as quatro figuras que aclamam à volta do Trono.

O coração é simbolizado pelo Leão, o seu peito saliente.

A alma indica o ser vivo com rosto humano.

As forças estão relacionadas com o touro ou novilho.

O entendimento refere-se à águia, ao pensamento que voa mais alto.

Todo o conjunto representa a Criatura que Deus criou, a pessoa humana.

Afinal, estes quatro seres vivos somos nós.

Cada homem deve louvar a Deus como um leão, uma alma, um novilho e uma águia.

Cada homem deve louvar a Deus com todo o seu coração, com toda a alma, com todas as forças e com todo o seu entendimento.

 

Do trecho do Evangelho:

A parábola das minas é a versão de Lucas da parábola dos talentos com três correções ou precisões.

À crítica de que o senhor não foi justo, Lucas põe-no a dar a cada um dos seus amigos um valor igual, apenas uma mina.

À crítica de que os amigos não sabiam o que o senhor queria que fizessem, Lucas põe-no a dizer que pusessem a render o que recebiam.

Finalmente mostra que nenhuma ação ou omissão é inconsequente. Quem não obedece, tem de assumir as suas consequências. O mal do servo preguiçoso foi não obedecer  àquilo que o senhor lhe mandara (pôr a render). Mal igual foi o dos cidadãos que não queriam obedecer ao novo rei. Quem não quis obedecer ficou totalmente despojado do que recebera, a moeda ou a vida.

Aprendamos a fazer o que Deus nos manda, pondo a render a vida e a missão que ele nos deu. Só assim não seremos servos inúteis, ou melhor, não seremos servos indignos.

 

 

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