O Pai Nosso de cada dia (56)
Pai nosso, de todos nós,
Que todos somos irmãos,
A ti erguemos as mãos
E levantamos a voz.
A ti, que estás no céu,
E nos lanças, com clemência,
Do vasto estrelado véu,
Os olhos da Providência!
Bendito, santificado
Seja o teu nome, Senhor,
Inviolável, sagrado,
Na boca do pecador!
E venha a nós o teu reino!
Acabe o da vil cobiça!
Reine o amor à justiça
Que pregou o Nazareno;
De modo que seja feita
A tua santa vontade,
Sempre a expressão perfeita
Da justiça e da verdade!
Seja feita, assim na terra
Como no céu, onde habita
Esse, cuja mão encerra
A criação infinita!
O pão nosso, nesta lida
De cada dia, nos dá
Hoje, e basta,,, a luz da vida
Quem sabe o que durará!
E perdoa-nos, Senhor,
As nossas dívidas; sim!
Grandes são, mas é maior
Essa bondade sem fim!
Assim como nós (se é dado
Julgar-nos também credores)
Perdoamos, de bom grado,
Cá aos nossos devedores.
E não nos deixeis, bom pai,
Cair nunca em tentação;
Que o homem, por condição,
Sem o teu auxílio cai!
Mas tu, que não tens segundo,
E muito menos igual,
Dá-nos a mão neste mundo,
Senhor! Livra-nos do mal!
(Cf. JOÂO DE DEUS, citado por Mons. Libânio Borges, Breves notas ao Pai Nosso, Porto 1957, páginas 95-97).
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário