Sábado
depois das cinzas
Jesus
viu Levi…
E
como o viu?
Não
como o viam os seus contemporâneos.
Eles
viam-no como pecador, com um passado comprometido e um presente duvidoso pelo
pecado.
Jesus
viu-o já como apóstolo, como evangelista, mártir, como santo. Jesus viu não o que ele era no passado ou no presente, mas o que era seria no futuro com todas as potencialidades.
É
assim que Jesus nos vê.
Miguel
Ângelo Buonarroti dizia que no interior de cada bloco de pedra, há uma estátua,
cabendo ao escultor a tarefa de a descobrir. Se tal pode ser o olhar do
artista, com muita mais razão assim nos vê Deus: naquela jovem de Nazaré viu a
Mãe de Deus; no pescador Simão, filho de Jonas, viu Pedro a rocha sobre a qual
podia construir a sua Igreja; no publicano Levi, entreviu o apóstolo e o
evangelista Mateus; em Saulo, cruel perseguidor dos cristãos, viu Paulo, o
apóstolo dos gentios. O seu olhar de amor sempre nos alcança, toca, liberta e
transforma, fazendo com que nos tomemos pessoas novas (palavras adaptadas do
Papa Francisco).
Conclusão:
um sábio, ao olhar o ovo, sabe ver a águia; ao olhar a semente, vislumbra uma
grande árvore; ao olhar um pecador, sabe entrever um santo. É assim que Deus
nos olha, em cada um de nós, vê potencialidades, às vezes ignoradas por nós mesmos,
e atua incansavelmente, ao longo da nossa vida, a fim de as podermos colocar ao
serviço do bem comum.
Aprendamos
a olhar assim a vida e os outros porque é esta a maneira ou o jeito de Jesus
ver.
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