sábado, 17 de fevereiro de 2024

Aprender a ver como Jesus


Sábado depois das cinzas

Jesus viu Levi…

E como o viu?

Não como o viam os seus contemporâneos.

Eles viam-no como pecador, com um passado comprometido e um presente duvidoso pelo pecado.

Jesus viu-o já como apóstolo, como evangelista, mártir, como santo. Jesus viu não o que ele era no passado ou no presente, mas o que era seria no futuro com todas as potencialidades.

É assim que Jesus nos vê.

 

Miguel Ângelo Buonarroti dizia que no interior de cada bloco de pedra, há uma estátua, cabendo ao escultor a tarefa de a descobrir. Se tal pode ser o olhar do artista, com muita mais razão assim nos vê Deus: naquela jovem de Nazaré viu a Mãe de Deus; no pescador Simão, filho de Jonas, viu Pedro a rocha sobre a qual podia construir a sua Igreja; no publicano Levi, entreviu o apóstolo e o evangelista Mateus; em Saulo, cruel perseguidor dos cristãos, viu Paulo, o apóstolo dos gentios. O seu olhar de amor sempre nos alcança, toca, liberta e transforma, fazendo com que nos tomemos pessoas novas (palavras adaptadas do Papa Francisco).

Conclusão: um sábio, ao olhar o ovo, sabe ver a águia; ao olhar a semente, vislumbra uma grande árvore; ao olhar um pecador, sabe entrever um santo. É assim que Deus nos olha, em cada um de nós, vê potencialidades, às vezes ignoradas por nós mesmos, e atua incansavelmente, ao longo da nossa vida, a fim de as podermos colocar ao serviço do bem comum.

Aprendamos a olhar assim a vida e os outros porque é esta a maneira ou o jeito de Jesus ver.

 

Ver também:

Jesus passa, vê e chama

O olhar que mais valoriza

 

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