quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

A cruz não é opcional


5ª feira depois das cinzas

VALE A PENA PENSAR NISTO:


A – A cruz é um meio e não um fim.

Passar pela cruz é uma condição e não uma opção para seguir Jesus.

Para segui-lo é preciso identificar-se com Ele.

De facto, Ele disse que tinha de sofrer muito e de ser morto para ressuscitar.

Também os seus discípulos devem passar pela cruz.

Deus não precisava do sangue de Jesus, que não veio apenas para morrer, mas Deus usou a sua morte para anunciar o fim da morte.

Jesus não tomou a cruz para que nós tomemos a nossa cruz. Ele tomou a sua cruz para que nós tomemos a sua cruz, porque afinal a sua cruz é a nossa, e a nossa é a sua cruz. Jesus tomou o nosso lugar na cruz para tomarmos o seu lugar no céu.

 

B) – A cruz é um detalhe e não a totalidade

A vontade de Deus manifesta-se mais na totalidade de uma situação do que nos seus detalhes.

Deus não envia, diretamente, dor, sofrimento e doenças. Deus não nos castiga.

Deus não envia acidentes para nos ensinar coisas, embora nós possamos aprender com eles. Nós crescemos com a dor, mas ela não é enviada para nos fazer crescer.

Deus não quer cruzes, obstáculos, terramotos, inundações, secas ou outros desastres naturais. Através da oração pedimos a Deus que nos mude para mudarmos o mundo. Olhar para a cruz é ver apenas um detalhe. É preciso olhar mais além, para a plenitude do mistério, para a vida eterna.

 

C) – No céu não há cruzes

A cruz lembra-nos que não estamos no céu, mas a caminho do céu.

Deus criou o mundo que não é perfeito, e no qual o sofrimento, a doença e a dor são realidades constantes; se assim não fosse, estaríamos no Céu. Alguns desses problemas somos nós que os provocamos a nós mesmos, e culpamos a Deus.

A cruz faz parte da nossa contingência neste mundo.

 

Ver também:

Semáforos dos discípulos

Versão aritmética

Subindo à cruz com Jesus

Sem cruz não há salvação

 

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