Festa
de São Bento, Abade, 480-547
Padroeiro da Igreja
São
Bento, patrono da Europa, mensageiro da paz, artesão da unidade, mestre da
civilização, e principalmente arauto da religião de Cristo e fundador da vida
monástica no Ocidente – eis os títulos que justificam a fama de São Bento,
abade.
Numa
altura em que o Império Romano estava a chegar ao fim, as regiões da Europa se
afundavam nas trevas e outras regiões desconheciam ainda a civilização e os
valores espirituais, ele permitiu, pelo seu esforço constante e assíduo, que se
erguesse sobre este continente a aurora de uma nova era. Foram principalmente
ele e os seus filhos que, com a cruz, o livro e a charrua,
levaram o progresso cristão às populações do Mediterrâneo à Escandinávia, da
Irlanda às planícies da Polónia.
Com
a cruz,
isto é, com a lei de Cristo, firmou e desenvolveu a organização da vida pública
e privada. Convém recordar que ensinou aos homens a primazia do culto divino
com o Ofício divino, ou seja, a oração litúrgica e assídua. […]
Depois,
com o livro, ou seja, a cultura: numa altura em que o património
humanista corria o risco de se perder, São Bento, conferindo renome e
autoridade a tantos mosteiros, salvou a tradição clássica dos antigos com
providencial solicitude, transmitindo-a intacta à posteridade e restaurando o
amor pelo saber.
E
finalmente com a charrua, quer dizer, com a agricultura e outras
iniciativas análogas, conseguiu transformar terras desertas e incultas em
campos férteis e jardins graciosos. Unindo a oração ao trabalho manual, de
acordo com a célebre injunção «Ora et labora, Reza e trabalha», enobreceu e elevou
o trabalho do homem.
(Cf.
São Paulo VI, Carta apostólica «Pacis nuntius», de 24/10/1964)
Ver
também:
O trabalho é oração e vice-versa
Sem comentários:
Enviar um comentário