quinta-feira, 27 de julho de 2023

O jovem Leão Dehon (3)

O jovem Dehon em Direito por linhas tortas

A minha Tese de Doutoramento em Direito ficou pronta nos princípios de março (de 1864). Eu defendi-a, revestido de toga e do arminho de doutor. 

Eu tinha maltratado as opiniões do Sr. Duraton na minha tese; o filho dele era examinador; ficou ressentido. E eu fui reprovado. Precisava da maioria das bolas brancas (três bolas brancas significava ‘muito bom’). Deram-me duas brancas e três vermelhas, após uma hora de deliberação.

Este xeque não me emocionou. Fui o único que a boa Providência me infligiu nos dez anos em que eu fui fazendo exames. A minha família nem soube disso.

Fui ver o vice-reitor; ele permitiu que me apresentasse de novo um mês mais tarde e no dia 2 de abril tudo se concluiu. Eu era doutor em Direito.

Era uma etapa importante da minha vida. Eu tinha prometido a meu pai chegar até aí. Eu esperava então que ele me deixasse seguir a minha vocação.

(Cf. NHV, 1864)


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