O jovem Dehon em Direito por linhas tortas
A minha Tese de Doutoramento em Direito ficou pronta nos
princípios de março (de 1864). Eu defendi-a, revestido de toga e do arminho de
doutor.
Eu tinha maltratado as opiniões do Sr. Duraton na minha tese;
o filho dele era examinador; ficou ressentido. E eu fui reprovado. Precisava da
maioria das bolas brancas (três bolas brancas significava ‘muito bom’).
Deram-me duas brancas e três vermelhas, após uma hora de deliberação.
Este xeque não me emocionou. Fui o único que a boa
Providência me infligiu nos dez anos em que eu fui fazendo exames. A minha família
nem soube disso.
Fui ver o vice-reitor; ele permitiu que me apresentasse de
novo um mês mais tarde e no dia 2 de abril tudo se concluiu. Eu era doutor em
Direito.
Era uma etapa importante da minha vida. Eu tinha prometido a
meu pai chegar até aí. Eu esperava então que ele me deixasse seguir a minha
vocação.
(Cf. NHV, 1864)
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