quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Natal (32)


Duas Festas

 
No início, o nascimento de Jesus era festejado a 6 de janeiro, especialmente no Oriente, com o nome de Epifania, ou seja, manifestação. Os cristãos começaram por comemorar o natal de Jesus juntamente com a chegada dos reis magos, mas sabiam que nessa data Cristo já havia nascido havia alguns dias. Isso porque a data exata é um dado que não existe no Evangelho.

Entretanto, antes de Cristo, em Roma, a partir do imperador Júlio César, o 25 de dezembro era destinado aos pagãos para as comemorações do solstício de inverno, o "dia do sol invencível". Era uma festa tradicional para celebrar o nascimento do Sol após a noite mais longa do ano no hemisfério Norte. Para eles, o sol era o deus do tempo e o seu nascimento nesse dia significava ter vencido a deusa das trevas, que era a noite.

Era, também, um dia de descanso para os escravos, quando os senhores se sentavam às mesas com eles e lhes davam presentes. Tudo para agradar o deus sol.

No século IV da era cristã, com a conversão do imperador Constantino, a celebração da vitória do sol sobre as trevas não fazia sentido. O único acontecimento importante que merecia ser recordado como a maior festividade era o nascimento do Filho de Deus. Mas os cristãos já vinham, ao longo dos anos, aproveitando o dia da festa do "sol invencível" para celebrar o nascimento do único e verdadeiro sol dos cristãos: Jesus Cristo. De tal modo que, em 354, o papa Libério decretou, por lei eclesiástica, a data de 25 de dezembro como o Natal de Jesus Cristo.

A transferência da celebração motivou duas festas distintas para o povo cristão, a do nascimento de Jesus e a da Epifania.

 
Hoje temos um caminho inverso: Se o dia de Natal foi ocupar e substituir uma festa pagã, hoje há a tentação de paganizar esta celebração cristã. Basta ver as expressões festivas que nada têm a ver com o espírito cristã… onde há lugar para tudo e para todos exceto para o Deus Menino.

É uma maneira de tomarmos consciência de que Cristo precisa de nascer no nosso mundo, ou o nosso mundo precisa cada vez mais da presença de Cristo.

 

 

Sem comentários: