O
Evangelho de Mateus abre com um elenco genealógico de Jesus.
À
primeira vista parece uma inutilidade e uma perca de tempo ou de paciência ler
ou ouvir tantos nomes tão difíceis de pronunciar e que não nos dizem nada…
Mas
pensando bem… este começo está repleto de mensagens:
1. É uma mensagem de
unidade.
É
uma forma de vincular a união entre o Antigo e o Novo Testamento.
2. É uma mensagem de
eternidade.
Desde
sempre Deus foi preparando a humanidade até chegar à plenitude dos tempos. Deus
não só convida a preparar, como dá o seu exemplo, preparando-se desde toda a
eternidade.
Deus
sonhou, preparou, quis e realizou a encarnação do seu filho.
3. É uma mensagem de
historicidade.
A
encarnação de Jesus é histórica, faz parte da história da humanidade… não é uma
ficção ou um mito, mas sim uma realidade. A história de personagens históricas
entra na história divina. Não sabemos onde começa a história divina e acaba a
história humana e vice-versa.
É
um acontecimento situado historicamente na nossa terra.
4. É uma mensagem de amizade.
Deus
é um ser pessoal e relaciona-se com cada um chamando-o pelo seu próprio nome.
Deus conhece os homens pelo seu nome… É um sinal de intimidade, de
relacionamento pessoal.
Deus
veio partilhar a sua intimidade num mundo relacional e pessoal. Nós somos da
família de Deus e Deus quis ser um dos nossos. Para Deus não há ninguém anónimo.
5. Finalmente é uma
maneira de afirmar a dimensão universal e global da salvação.
De
fato, ao longo da genealogia são nomeadas também algumas mulheres, mais
exatamente quatro – Rute, Tamar, Raab e Batsabé. Duas destas são hebreias e as
outras duas pagãs. As últimas três foram até pecadoras com grande notoriedade. Mateus
quer passar assim a mensagem, desde o começo até ao fim do seu livro, que Jesus
veio para salvar a todos, justos e pecadores, hebreus ou pagãos.
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