Do Presépio ao Calvário a caminho do Paraíso
Diz-nos uma antiga lenda que a Sagrada
Família, quando fugia de Belém para o Egipto, foi surpreendida pela noite junto
de uma espelunca de salteadores do deserto. Foi acolhida com hospitalidade pela
mulher do chefe da quadrilha.
Essa mulher vivia torturada. Seu único filho,
a única réstia de inocência daquela espelunca, estava atacado da lepra.
Nossa Senhora, antes de se deitar, pediu um
pouco de água para lavar o Menino Jesus do pó do caminho.
De manhã, muito cedo, recomeçou a Sagrada
Família a viagem. A mulher do bandido notou naquela família qualquer coisa de
misterioso. Tomou, então, o seu filho leproso, Dimas, e banhou-o na água que
lavara Jesus Menino. E a carne da criança ficou pura como a mãe suspirava.
Passaram-se anos e Dimas, que seguira a vida
do pai, praticou também numerosos crimes. Preso, foi condenado a morrer na cruz
no cimo do Gólgota, ao lado de Cristo. Outro ladrão foi condenado com ele
também. Mas Dimas, que fora lavado já pela água de Jesus em pequeno, ia sê-lo
agora pela Sua misericórdia. Vendo que Jesus estava inocente e reconhecendo a
sua culpa, arrependeu-se e pediu a Jesus que se lembrasse dele no Paraíso. E o
Filho de Maria e o filho da mulher do ladrão encontraram-se ambos no Paraíso.
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