O Pai Nosso de cada dia (108)
Velho nosso,
Para mim dá tudo na mesma
se tu estás lá em cima no céu.
Tu só poderias ficar aborrecido
porque os cristãos usam
o nome por camuflagem.
Seria melhor que tu desistisses
de fazer vir outra vez o teu reino.
Ele não vai ter chance;
eles não te deixarão intervir.
A tua vontade…
No céu, vá lá!
Dá na mesma para mim.
Não posso imaginar
que, aqui entre nós, algo vá mudar,
pois aqui cada qual faz
o que lhe dá na veneta.
Pão…
Isso é importante.
Já chegamos lá.
A outros ronca ainda o estômago.
Se puderes ajudar,
vá lá!
Culpa?
Tudo bem.
Aí há pílulas amargas
que a gente põe aos pedaços na sopa
e depois tem de comer às colheradas.
E quem vai comer os pedaços dos outros?
Tu aí,
a maldade dos outros,
essa conheço bem.
Isso, posso dizer para ti:
Aí preciso de redenção.
Mas,
como queres fazer isso
lá do alto…
Assim é a coisa.
Os outros…
Eles depois dizem
Ámen.
(Cf. PETER GLEISS, citado por A. Lapple, Poder de novo rezar, Ed. Paulinas, São Paulo , 1983, páginas 54-55)
sábado, 30 de outubro de 2010
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