sábado, 16 de outubro de 2010

Auxílio de Deus


Ano C - XXIX Domingo Comum

A Parábola do juiz iníquo e da viúva persistente é um convite a rezar sempre, sem desanimar. À primeira vista parece que Deus é esse juiz e que nós somos, pela nossa perseverança, como a viúva. Mas a identificação deve ser diferente. É Deus que bate à porta do nosso coração, que insiste, convida, nos interpela com a sua palavra. Até que um dia nós despertamos e atendemos a sua voz.

A propósito desta identificação, recordo uma história de Antony de Mello:
Um homem, viu na floresta, uma raposa com as patas aleijadas e admirou-se como, mesmo assim, sobrevivia. Nesse momento apareceu um tigre que trazia entre os dentes caça nova. Comeu a fera quanto quis, deixando o resto junto da raposa. No dia seguinte a mesma coisa: o homem observou como Deus alimentava a raposa servindo-se do tigre. E pensou consigo mesmo:
- Eu também me vou deitar, nalgum cantinho, com muita confiança no Senhor e ele vai mandar-me quanto me é necessário.
Assim fez, por alguns dias, mas nada aconteceu. E o pobre estava já às portas da morte, quando ouviu uma voz que dizia:
- Estás enganado, ó homem! Abre os teus olhos! Segue o exemplo do tigre e deixa de imitar a raposa aleijada!

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