sábado, 2 de outubro de 2010

Pai Nosso Pai


O Pai Nosso de cada dia (89)

Dizer ‘Pai’ não significa fazer um esforço de imaginação ou ter uma certa ideia de Deus: significa mais simplesmente entrar no modo de rezar de Jesus. Todas as Suas orações, transmitidas no Evangelho, principiam assim: ‘Pai’:
‘Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra’ (Mat 11, 25);
Pai, tudo te é possível, afasta de Mim este cálice’ (Mc 14, 36);
As duas orações sobre a cruz, traduzidas por S. Lucas:
Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem’, Pai, nas Tuas mãos entrego o meu espírito’ (Lc 23, 34.46).
No Evangelho de S. João, Capítulo XI: ‘Pai, graças te dou, por me haveres ouvido’; e no Capítulo XII: ‘Pai, salva-me desta hora’, ‘Pai, glorifica o teu nome.
Ainda em S. João, capítulo XVII, na Oração Sacerdotal: ‘Pai, manifestei o teu nome… glorifica o teu nome… Pai Santo, guarda em teu nome aqueles que me deste’.
Se todas as orações de Jesus, que nos são transmitidas, começam com a invocação: ‘Pai’, quer dizer que este é o primeiro grau, a atmosfera da oração, é o horizonte em que a oração se realiza. E este horizonte, que é o seu, Jesus coloca-o no nosso coração, convidando-nos a entrar no Seu modo de rezar. Idealmente, todos os pedidos do Pai Nosso deveriam ser precedidos pela invocação:


Pai Nosso que estais nos Céus.
Pai, santificado seja o vosso nome,
Pai, Venha a nós o vosso reino.
Pai, seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu.
Pai, o nosso pão de cada dia, nos dia hoje.
Pai, perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.
Pai, não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.

(Cf. CARLOS M. MARTINI, Itinerário de oração, Ed. Paulistas, Lisboa, 1984, páginas 88-89).

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