O Pai Nosso de cada dia (73)
Pai… Mãe… de olhos mansos:
Sei que estás, invisível, em todas as coisas.
Que o teu nome me seja doce,
A alegria do meu mundo.
Traz-nos as coisas boas em que tens prazer:
O jardim, as fontes, as crianças,
O pão e o vinho, os gestos ternos,
As mºaos desarmadas, os corpos abraçados…
Sei que desejas dar-me o meu desejo mais fundo,
Desejo que esqueci,,,
Mas tu não esqueces nunca.
Realiza pois o teu desejo para que eu possa rir.
Que o teu desejo se realize no nosso mundo,
Da mesma forma como ele pulsa em ti.
Concede-nos contentamento nas alegrias de hoje:
O pão, a +agua, o sono…
Que sejamos livres na ansiedade.
Que os nossos olhos sejam tão mansos para com os outros
Como os teus o são para connosco.
Porque se formos ferozes
Não poderemos acolher a tua bondade.
E ajuda-nos para que não sejamos enganados
Pelos desejos maus
E livra-nos daquele
Que carrega a morte dentro dos próprios olhos.
(Cf. RUBEN ALVES, Pai Nosso – meditações, São Paulo, 1987, página 51)
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
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