domingo, 5 de setembro de 2010

Abraçar a Cruz


Ano C - XXIII Domingo Comum

Esta parábola foi contada pelo Pe. Alfredo Vieira de Freitas, de saudosa memória.
Era uma vez uma mulherzinha que não podia aturar o marido, pelo que resolvera abandonar a sua casa e meter-se aos caminhos de mundo. Ia já longe, caminhando na estrada da aventura, quando aconteceu encontrar um venerando ancião que, com muita dificuldade, conduzia três cruzes aos ombros. Ia tão sobrecarregado que a pobre mulher teve compaixão dele e lhe pediu lhe passasse a cruz que vinha por cima, talvez a última a ser ali colocada. Parecia-lhe mais leve e mais pequenina, mesmo assim aliviá-lo-ia de tão grande peso. A este pedido, o ancião retorquiu:
- Tu não podes com esta cruz, pois ainda há pouco a lançaste no chão, por te parecer muito pesada…
Na verdade era aquela a cruz da vida que a mulher alijara por falta de paciência. Aquele ancião talvez fosse Nosso Senhor que andasse disfarçado pelo mundo…
A mulher compreendeu a lição. Voltou para trás, fez as pazes com o marido e diz-se que dali por diante viveu com ele como Deus com os anjos.
Quantas vezes na vida se deixa uma cruz leve e pequena para se buscar outra mias pesada e maior!
Não basta tomar a sua cruz para seguir a Cristo, é necessário abraçá-la com amor. E a cruz será salvação.


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