3ª
feira – XVIII semana comum
Memória
de São Domingos de Gusmão (+1221)
Presbítero e fundador da Ordem dos Pregadores (Dominicanos)
Cegos
espirituais
O
cego sente o que não vê, mas os que veem sãos cegos ao que sentem.
Há
cegos do corpo e cegos do Espírito e se horrível é a cegueira do corpo, mil
vezes pior é a do Espírito.
Entretanto,
bem difícil, ou quase impossível é encontrar-se um cego a guiar outro
fisicamente falando.
Ao passo que, no que se refere as coisas do Espírito, por toda a parte cegos guiam cegos.
Era
um espetáculo ver São Domingos a rezar.
Com
a sua oração ele exercitava a alma com os membros do corpo para se dirigir mais
intensamente a Deus.
Encorajava
a devoção alternadamente da alma para o corpo e do corpo para a alma:
- Às
vezes curvava-se diante do altar e assim permanecia em adoração prolongada.
-
Outras vezes orava estendido no chão, de braços abertos e rosto por terra,
regando o pó com as suas lágrimas.
- Em
certas ocasiões olhando fixamente para o Sacrário dobrava os joelhos repetidas
vezes até mais de cem.
- De
vez em quando orava mantendo-se de pé sem se apoiar ou encostar a nada com as
mãos abertas diante do peito como se fosse um livro.
- Ou
rezava com as mãos e os braços estendidos em forma de cruz, mantendo sempre o
equilíbrio.
-
Por vezes de joelhos e as mãos sobre a cabeça, juntas e ligeiramente abertas de
palmas para o alto como se fosse receber algo de cima.
- Ou
então sentado em silêncio com um livro na mão a ler ou com os olhos fechados
como se o livro é que o lesse a ele.
Conclusão:
São
Domingos rezava com todo o corpo, com toda a alma e com toda a vida.
Até
mesmo na estrada ou em qualquer lugar, transformava um simples gesto em oração
e de união a Deus. Por exemplo para afastar as moscas do seu rosto, a poeira ou
o fumo dos seus olhos ele fazia apenas o sinal da cruz quantas vezes fosse
necessário. Qualquer pequeno gesto, movimento ou ação da sua vida era
transformada em oração. Ele não vivia, rezava. Ele não rezava, vivia.
Ver
também:
Ver
ainda:
Sem comentários:
Enviar um comentário