O jovem Dehon em aventuras na Terra Santa
Os grandes dias da semana santa em Jerusalém são mais emocionantes do que se possa
dizer.
Na quarta-feira (12 de abril de 1865) passamos a manhã em
ocupações todas profanas, para fazer um favor ao vice-cônsul. Ele tinha nos
braços uma questão litigiosa entre um árabe argelino e um cónego do Santo
Sepulcro.
O bom cónego acabara de morrer. Tinha emprestado, estando em
vida, 4.000 francos a este argelino ao juro de 10%. Esse juro é normal neste
país. O argelino pretendia pagar os juros e reembolsar 800 francos de capital.
O vice-cônsul pediu-nos que formássemos com o cônsul da
Espanha um tribunal arbitral, que foi aceite pelas duas partes. Eu presidia.
Achei um começo de provas escritas quanto ao pagamento dos
juros. Aceitei o juramento do devedor. Ele ficou livre dos juros, mas teve de
pagar o inteiro capital. Resignou-se facilmente, pois não o tínhamos carregado
excessivamente.
(Cf. NHV, 1864)
Sem comentários:
Enviar um comentário