quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Seis pontas de uma estrela


Festa de Santa Teresa Benedita da Cruz

Edith Stein (+1942)

Virgem e Mártir

Padroeira da Europa

 

De origem judia, professora de filosofia, converteu-se ao cristianismo e professou como monja Carmelita. Durante a perseguição nazi foi enviada para o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau destinado ao genocídio do povo judeu.  Aí foi cruelmente morta nas câmaras de gás no dia 9 de agosto de 1942.

Uma estrela de seis pontas

Os seis pontas de uma estrela

Mais do que a identificação de quem era judeu, podemos ver em cada uma das pontas desta estrela uma luz da sua conversão. Cada ponta desta estrela mostra um aspeto brilhante da sua vida de conversão e de santidade.

 

1ª – A família

Edith Stein era de uma inteligência fora de série. A sua mãe ensinava-lhe aquilo que nunca mais s esqueceria – “É mais importante ser boa do que ser inteligente porque ser inteligente é um simples dom da natureza, mas ser virtuosa e boa é fruto do esforço humano e da graça de Deus.”

 

2ª – A cruz

O seu amigo Adolf Reinach faleceu na Primeira Guerra Mundial e convidaram-na a ocupar a cátedra universitária. Sentiu-se feliz pelo cargo, mas temia encontrar-se com a sua viúva, porque não sabia o que dizer-lhe. No entanto, em lugar de uma mulher desesperada foi encontrar uma pessoa cheia de paz e de esperança. A jovem viúva deixou Edith muito pensativa quando lhe explicou que tirava forças da fé em Cristo crucificado que ressuscitou dos mortos. Nesse momento, concluiu mais tarde “a minha incredulidade derreteu-se e eu vislumbrei pela primeira vez a força da cruz.”

 

3ª – A verdade

Resumia o seu caminho até à conversão dizendo – “Quem busca a verdade, consciente ou inconscientemente, busca Deus.”

 

4ª – Fé como relação

Ao ler, por coincidência ou por Providência, o livro da vida, escrito por Teresa de Ávila, concluiu – “Aqui está o que eu estava à procura. Aqui está a verdade.” Até então tinha pensado que a verdade era um problema intelectual, agora descobriu que era uma questão relacional. Encontrou-se com o Deus vivo e pessoal, bom e misericordioso que a procurava e a convidava à amizade.

 

5ª – Exame de admissão

Toda a vida estudou, prestou provas, pesquisou, fez exames. Esta atitude é transversal a toda a sua vida. Ao converter-se ao catolicismo, comprou um catecismo, um missal e alguns outros livros da igreja. Depois de os ter estudado com afinco apresentou-se a um sacerdote para lhe pedir que a batizasse. O padre conhecia bem aquela mulher famosa no mundo universitário, filósofa, escritora, conferencista e também como todos sabia que era ela era judia. Disse-lhe que antes do batismo devia preparar-se para conhecer religiosamente os conteúdos da fé. Ela simplesmente pediu – Pergunte-me agora. O sacerdote não parou de se espantar pelas respostas de Edith que mostrava saber mais catecismo e mais teologia do que ele próprio. Aos 30 anos de idade, em janeiro de 1922 foi batizada com o nome de Teresa.

 

6 – A paz

O Padre Rafael Walzer, abade beneditino de Beuron, foi seu amigo e diretor espiritual desde a conversão até à sua morte. Ele definiu Edith Stein com 3 expressões: uma mulher com “uma vida interior de extraordinária simplicidade, de grande profundidade e de rara serenidade.

 

A sua consagração como monja carmelita fez brilhar de modo ainda mais intenso todas estas 6 pontas da estrela da sua vida, como lâmpada humilde nas mãos de uma Virgem Prudente.

 

Ver também:

A quase doutora da Igreja

 

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