Festa
de Santa Teresa Benedita da Cruz
Edith
Stein (+1942)
Virgem
e Mártir
Padroeira
da Europa
De origem judia, professora de filosofia, converteu-se ao cristianismo e professou como monja Carmelita. Durante a perseguição nazi foi enviada para o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau destinado ao genocídio do povo judeu. Aí foi cruelmente morta nas câmaras de gás no dia 9 de agosto de 1942.
Uma
estrela de seis pontas
Os seis pontas de uma estrela
Mais
do que a identificação de quem era judeu, podemos ver em cada uma das pontas
desta estrela uma luz da sua conversão. Cada ponta desta estrela mostra um
aspeto brilhante da sua vida de conversão e de santidade.
1ª –
A família
Edith
Stein era de uma inteligência fora de série. A sua mãe ensinava-lhe aquilo que
nunca mais s esqueceria – “É mais importante ser boa do que ser inteligente
porque ser inteligente é um simples dom da natureza, mas ser virtuosa e boa é
fruto do esforço humano e da graça de Deus.”
2ª –
A cruz
O
seu amigo Adolf Reinach faleceu na Primeira Guerra Mundial e convidaram-na a
ocupar a cátedra universitária. Sentiu-se feliz pelo cargo, mas temia
encontrar-se com a sua viúva, porque não sabia o que dizer-lhe. No entanto, em
lugar de uma mulher desesperada foi encontrar uma pessoa cheia de paz e de
esperança. A jovem viúva deixou Edith muito pensativa quando lhe explicou que
tirava forças da fé em Cristo crucificado que ressuscitou dos mortos. Nesse
momento, concluiu mais tarde “a minha incredulidade derreteu-se e eu vislumbrei
pela primeira vez a força da cruz.”
3ª –
A verdade
Resumia
o seu caminho até à conversão dizendo – “Quem busca a verdade, consciente ou
inconscientemente, busca Deus.”
4ª –
Fé como relação
Ao
ler, por coincidência ou por Providência, o livro da vida, escrito por Teresa
de Ávila, concluiu – “Aqui está o que eu estava à procura. Aqui está a verdade.”
Até então tinha pensado que a verdade era um problema intelectual, agora
descobriu que era uma questão relacional. Encontrou-se com o Deus vivo e
pessoal, bom e misericordioso que a procurava e a convidava à amizade.
5ª –
Exame de admissão
Toda
a vida estudou, prestou provas, pesquisou, fez exames. Esta atitude é
transversal a toda a sua vida. Ao converter-se ao catolicismo, comprou um
catecismo, um missal e alguns outros livros da igreja. Depois de os ter
estudado com afinco apresentou-se a um sacerdote para lhe pedir que a batizasse.
O padre conhecia bem aquela mulher famosa no mundo universitário, filósofa,
escritora, conferencista e também como todos sabia que era ela era judia. Disse-lhe
que antes do batismo devia preparar-se para conhecer religiosamente os
conteúdos da fé. Ela simplesmente pediu – Pergunte-me agora. O sacerdote não
parou de se espantar pelas respostas de Edith que mostrava saber mais catecismo
e mais teologia do que ele próprio. Aos 30 anos de idade, em janeiro de 1922
foi batizada com o nome de Teresa.
6 –
A paz
O
Padre Rafael Walzer, abade beneditino de Beuron, foi seu amigo e diretor
espiritual desde a conversão até à sua morte. Ele definiu Edith Stein com 3
expressões: uma mulher com “uma vida interior de extraordinária simplicidade,
de grande profundidade e de rara serenidade.
A
sua consagração como monja carmelita fez brilhar de modo ainda mais intenso todas
estas 6 pontas da estrela da sua vida, como lâmpada humilde nas mãos de uma
Virgem Prudente.
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