Ano A - Solenidade da Transfiguração o Senhor Jesus
Deus vê as coisas doutro ponto de vista: Vê-as de cima! |
Os três
degraus do Tabor ou do monte da transfiguração
1º
degrau - Subir/esforçar-se
Jesus
convida a ir mais além, mas também a ir mais acima.
Custa-nos
subir porque é difícil, exige muitas energias, desapegar-se de algo, separar-se
ou deixar o comodismo.
Subindo
transpiramos, elevamo-nos, purificamo-nos.
Foram
3 os discípulos a subir com Jesus. É a comunidade.
Quando
alguém se eleva, eleva toda a comunidade.
Jesus
convida-nos para subirmos para que que mostremos o nosso esforço.
Ele
valoriza apenas o nosso esforço e não os nossos resultados.
2º
degrau - Ver/escutar
Depois
de uma ascese, os nossos olhos e o nosso coração ficam diferentes e são capazes
de ver e de sentir de maneira diferente.
Não
basta ver, é preciso escutar. Aliás os olhos e os ouvidos estão ao mesmo nível
no nosso rosto para nos lembrar que o ver tem de ser acompanhado pelo escutar,
ao mesmo nível, em igualdade de circunstâncias.
A
vantagem de subir, de se esforçar é que só assim nós vemos a nós mesmos, os
outros e tudo o mais de outro ponto de vista. Vimos de cima, não de maneira
superior aos outros. Vemos as coisas da perspetiva de Deus, vemos como Deus nos
vê.
Quando
a vida não nos sorrir, é preciso subir de nível para vê-la como Deus a vê.
3º
degrau - Testemunhar
É
preciso subir/esforçar-se para ver/escutar do mesmo jeito de Deus. Tudo isto
para que cada um possa testemunhar como os testemunhas do Monte Tabor.
Foram
5 as testemunhas oculares da Transfiguração. Representam as 5 dimensões da
nossa vida e do nosso testemunho
-
Com Pedro (o crente) damos testemunho da fé.
-
Com Tiago (o mártir) o testemunho do nosso sacrifício.
-
Com João (o contemplativo) o testemunho da nossa adoração.
-
Com Moisés (as tábuas da Lei) o testemunho do cumprimento da vontade de Deus.
-
Com Elias (o profeta) o testemunho da palavra que anuncia e denuncia.
Ninguém
sobe ao monte para ficar para sempre lá. É preciso descer para testemunhar,
para fazer eco do que experimentamos na subida ao monte dos desafios ou dos
sonhos de Deus.
Ver
também:
O nosso
Monte Tabor é… a Eucaristia.
Na
pregação de hoje recordei a minha visita ao Monte Tabor, na Galileia, em 2009.
Para mim também foi uma bênção ter ido lá… mas terminei a lembrança dizendo que
não tinha saudades de lá. Porquê?
Porque na
eucaristia que celebro todos os dias, a experiência do Tabor é renovada e
ampliada.
O nosso
Tabor é a celebração da Eucaristia:
No Tabor
os discípulos acolherem o convite de Jesus:
Sobe,
Escuta e Olha
-
Levantamos a Deus na Consagração, recebemo-lo na comunhão… Fazemos um esforço
para estar à altura do mistério.
- Também
escutamos a Palavra de Jesus…
- Também o
vemos a ser-nos entregue… transfigurado.
A nossa
experiência dominical é muito melhor do que a experiência dos discípulos no
Tabor.
A
Eucaristia é o nosso Tabor.
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