A sede de Deus
ou o Deus da sede
A sede que Deus tem de nós
ou a sede que nós temos de Deus
Nós somos a sede de Deus
Deus é a nossa sede
A sede que Deus tem de nós
ou a sede que nós temos de Deus
Nós somos a sede de Deus
Deus é a nossa sede
1. Quem chegou
primeiro ao poço?
Foi Jesus.
Jesus
chega primeiro ao poço porque é sempre ele a tomar a iniciativa.
Não
somos nós a esperar por Deus, Deus é que espera por nós.
Quando
aqui chegamos já ele estava à nossa espera.
Por
maior que seja o nosso desejo, maior ainda é o desejo de Deus.
2. Que fez Jesus
em primeiro lugar?
Sentou-se.
Não
por estar cansado. Não por esperar sentado, que seria desesperar.
Sentou-se
qual mestre na sua cátedra.
O
verbo sentar-se tem uma semântica ampla que vai desde a indicação da forma de
ensinamento, na relação mestre/discípulo à majestade de Deus, desde a descrição
do gosto que Jesus tinha de sentar-se ao ar livre, à referência escatológica…
Ele
sentou-se à beira do poço como mestre, não só da Samaritana, mas a pensar em
cada um de nós, hoje.
Os
que estão sentado a pedir representam os mendigos de Deus. Jesus sentado à
beira do poço aparece a mendigar também.
3. Qual a primeira
coisa que Jesus diz?
Jesus pede – dá-me
de beber.
Jesus
não diz – dá-me um pouco de água, ou dá-me daquela água ou traz-me água do
poço.
A
sua sede não se materializa na água, porque não é de água a sua sede. É uma
sede maior.
Tenho
sede, diz Jesus.
Esta
expressão significa para Santo Agostinho – sede da vossa fé.
E
para São Bernardo – sede da salvação dos homens.
Não
é só o homem que é mendigo de Deus. Em Jesus, Deus também se apresenta como
mendigo do homem.
4. Qual o pedido
da Samaritana?
Dá-me dessa água.
Mudança
de papéis: Jesus pede de beber, mas é ele que dá de beber.
Jesus
pede-nos de beber para que nós não tenhamos medo de lhe pedir de beber.
A
água que lhe pedimos é ele mesmo.
Ele
é a água viva da nossa sede.
5. Todos temos
sede
A pior coisa para
um crente é estar saciado.
O
crente é aquele que tem sede e fome de Deus, hoje e sempre.
Jesus
disse, pelo menos em duas ocasiões, que tinha sede.
Assim
está a lembrar-nos que todos temos sede e que nunca ficaremos saciados, a não
ser na eternidade.
É
a sede do infinito ou sede do absoluto.
As
últimas palavras de Jesus na Escritura, Apocalipse 22, 17:
-
Quem tem sede, aproxime-se! Aquele que deseja, receba gratuitamente a água da
vida.
A
minha sede é a minha bem-aventurança.
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