sexta-feira, 13 de março de 2020

Via Sacra (19)

A via-sacra é JESUS
JESUS é a via-sacra

Eu sou a VIA, a VERDADE, a VIDA…” (Jo 14,6)


I Estação: Jesus é condenado à morte

À morte triste e eterna
estava eu condenado;
por ser filho de Adão,
herdeiro do seu pecado.

Meu Jesus, bondade imensa,
quis mudar a minha sorte:
ao morrer por meu amor,
livrou-me da eterna morte.

Virgem Mãe! Por vosso Filho
à morte ser condenado,
fazei, Senhora, que eu nunca
volte a cair no pecado.


II Estação: Jesus carrega com a cruz

Com que amor, com que ternura,
entre angústia e prazer,
tomou Jesus o madeiro
onde havia de morrer.

Era para Ele o cetro
com que havia de reinar
e para mim era o meio
de no Céu poder entrar.

Virgem Mãe! Por vosso Filho
assim a Cruz aceitar,
fazei que eu seja constante
em a minha cruz levar.


III Estação: Jesus cai pela primeira vez

Cai em terra o Deus do Céu,
debaixo daquela Cruz.
Ó Anjos do Paraíso,
vinde acudir a Jesus.

Levantai-Vos, meu Jesus;
ajudai-me a levantar.
Do pecado fugirei,
para não voltar a pecar.

Virgem Mãe! Por vosso Filho
em terra por mim cair,
fazei, Senhora, que eu nunca
desfaleça em vos servir.


IV Estação: Jesus encontra a sua Mãe

Dizei-me vós se é possível,
ruas de Jerusalém,
o que se deu neste encontro,
de Jesus com sua Mãe.

De certo que nunca houve
dor àquela semelhante;
quer duma parte, quer de outra,
angústia tão lancinante.

Virgem Mãe! Por vosso Filho
encontrardes com a Cruz,
fazei, Senhora, que eu sempre
me encontre com Jesus.


V Estação: Jesus é ajudado pelo Cireneu

Tinha o Senhor seus amigos
e alguns deles muito queridos,
mas logo que O viram preso,
fugiram espavoridos.

Foi preciso que um estranho
ajudasse o bom Jesus;
o que mais lhe custaria
que o mesmo peso da Cruz.

Virgem Mãe! Por vosso Filho
precisar de um Cireneu,
pedi-Lhe que em meus trabalhos,
Ele seja sempre o meu.


VI Estação: Jesus encontra Verónica

Que mulher tão valorosa,
que amor tão grande e forte!
Nada lhe deteve o passo,
nem mesmo o temor da morte.

Rompe pela multidão,
amotinada e maldita.
Limpa o rosto a Jesus;
bendita mulher, bendita.

Virgem Mãe! Por vosso Filho
aceitar este favor,
pedi-Lhe Vós, que Ele aceite,
os meus trabalhos e amor.


VII Estação: Jesus cai pela segunda vez

Cai em terra o Deus do Céu,
na terra de onde eu saí,
para dizer-me baixinho:
«Irmão, vou morrer por ti.

Por mais vezes que tu caias,
não desanimes, avança.
Pega de novo na cruz,
segue em frente e tem confiança».

Virgem Mãe! Por vosso Filho
de novo cair no chão,
fazei-me ir, a passo firme,
caminho da salvação.


VIII Estação: Jesus encontra as mulheres

Jerusalém foi ingrata,
mas ainda teve alguém
que sentisse o que ela fez
a Jesus, seu sumo bem.

Algumas das suas filhas
atrás d’Ele iam chorando
e Jesus as consolou,
a sua bênção lhes dando.

Virgem Mãe! Por vosso Filho
consolar quem O seguia,
consolai-me Vós agora
e na última agonia.


IX Estação: Jesus cai pela terceira vez

Mais outra vez cai em terra
Aquele que o Céu sustenta.
Prostrado por nossas culpas,
com seu perdão nos alenta.

Vai morrer, quer despedir-Se
da terra e dos que são seus.
Parece ao cair dizer-nos:
«Adeus, amigos, adeus».

Virgem Mãe! Por vosso Filho
de novo cair em terra,
dispersai meus inimigos,
que me fazem tanta guerra.


X Estação: Jesus despojado das vestes

Não há quem ponderar possa,
a confusão que sentiu
Jesus, tão puro e tão santo,
quando despido Se viu.

Diante de todo o povo,
e diante de homens vis,
no mais alto do Calvário,
que pejo ó Senhor sentis!

Virgem Mãe! Por vosso Filho
Se ver em tal desnudez,
das vestes do nosso mundo
despi-me por uma vez.


XI Estação: Jesus é crucificado

A Cruz já está no chão
e Jesus sobre esse altar,
para a seu Eterno Pai
por todos nós Se entregar.

Depois, os seus inimigos,
os ministros da maldade,
de pés e mãos O pregaram
nesse Lenho, sem piedade.

Virgem Mãe! Por vosso Filho
a ser pregado na Cruz,
fazei que eu viva e que eu morra,
sempre unido ao bom Jesus.


XII Estação: Jesus morre na Cruz

Consumou-se o sacrifício,
choremos amargamente.
Está Deus em agonia
e sofrendo horrivelmente.

Expirou por fim, mas antes,
como tanto nos amou,
entregou-nos a Maria,
e por Mãe no-la deixou.

Virgem Mãe! Por vosso Filho,
que a morte por mim sofreu,
fazei que eu morra por Ele,
como Ele por mim morreu.


XIII Estação: Jesus é descido da cruz

Virgem Mãe, Mãe dolorosa,
que é do vosso Jesus!
«Aqui O tenho em meus braços,
já sem vida e já sem luz.

Ai que dor, ai que martírio,
perder um filho assim.
Era meu filho e meu Deus,
era tudo para mim».

Virgem Mãe! Por vosso Filho
que tendes nos braços morto,
dai-me, com firme esperança,
nos meus trabalhos conforto.


XIV Estação: Jesus é sepultado

Agora sim, Mãe de Deus,
que Vos deveis lastimar.
De Jesus já nem o corpo
podeis ver, nem abraçar.

No sepulcro a fria pedra
acabou de O esconder.
Não sei como, com tal golpe,
pudestes sobreviver.

Virgem Mãe! Na soledade,
aqui me tendes a mim.
Vou amar-Vos como um filho,
sempre, sempre, até ao fim.


XV Estação: Jesus ressuscita

Meu Jesus, vou retirar-me.
A meu pesar, vou-me embora.
Fazei que eu recorde os passos
que convosco dei agora.

Embora me vou, Senhor,
mas fica o meu coração.
Quero sempre, aos vossos pés,
ficar em adoração.

E de mais Vos ofereço,
quanto sou e quanto posso;
hoje, amanhã e para sempre,
desejo ser todo vosso.

Virgem Mãe! Protegei-me nesta hora,
e pedi sempre a Jesus,
que me ajude até que O veja,
na Pátria da Eterna Luz.

(autor desconhecido, recolha popular, 



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