4ª
feira – II semana da quaresma
A
mãe de Tiago e João, filhos de Zebedeu, ajoelhou-se aos pés de Jesus e rezou
assim:
-
Senhor, faz a minha vontade… que estes meus dois filhos, teus discípulos, te
sigam sentados…
-
Não sabes o que estás a pedir – disse Jesus.
Porquê?
Porque
isso é absurdo:
1º
- Este pedido é a contradição da oração.
É
absurdo rezar para que Deus faça a nossa vontade em vez de pedirmos para que possamos
fazer a vontade de Deus. Ela estava habituada a mandar em casa e queria também
mandar no céu; mandava no marido e nos filhos e queria mandar em Deus… Ela
ajoelhou-se diante de Deus, mas queria que Deus se ajoelhasse diante dela.
(Seja feita a vossa
vontade… Fazei Senhor que o vosso servo escuta)
2º
- Este pedido é a contradição do chamamento,
da vocação e da resposta pessoal.
É
absurdo porque o discípulo tem de falar por si mesmo e não falar pelos outros.
É preciso assumir. Cada um tem de responder por si e não esconder-se atrás de
alguém. Jesus não se deixou comover pela amabilidade de uma mãe, mas pela
responsabilidade de cada um.
(E vós quem dizeis que eu
sou…)
3º
- Este pedido é a negação da condição de
discípulos, apóstolos e seguidores.
É
absurdo porque a mãe queria que os seus filhos deixassem de seguir Jesus para
ficarem sentados. Jesus não prometeu uma cadeira, mas um caminho.
(Vem e segue-me…
Levantou-se e seguiu Jesus)
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