Há
100 anos, por esses dias em Bruxelas, a polícia andou à procura do Pe. Dehon
para o prender por ter socorrido desertores e foragidos procurados pelas
autoridades, em plena II Guerra Mundial, mas o presumível responsável já
estava longe… (Cf. NQ 41-42)
Depois
de várias tentativas, finalmente o Pe. Dehon, com quase 75 anos de idade, conseguiu
deixar o exílio de Bruxelas com destino a Roma. Foi o Papa Bento XV, seu grande amigo de longa data, que através dos
meios diplomáticos lhe proporcionou tal preciosa oportunidade chamando-o ao
Vaticano.
Partiu
de comboio às 17H00 do dia 13 de dezembro de 1917. Passando pelo Luxemburgo,
Estrasburgo e Friburgo, só chegou a Paris a 20 onde passou o Natal.
Depois
de uma semana à espera de passaporte partiu de Paris para chegar a Roma na
tarde do último dia do ano, a tempo de cantar o Te Deum.
A
polícia procurou o Pe. Dehon como se ele fosse um criminoso… só por ter,
supostamente, ajudado o próximo durante os tristes dias da guerra.
É
caso para aplicar a expressão de um outro João, neste caso bem português, São
João de Brito:
Quando
a culpa é virtude, o padecer é glória!
As
muralhas e as fronteiras não chegam ao céu… por isso o Pe. Dehon ajudou sem
olhar a quem… O maior de todos é aquele que mais ajuda! É por isso que o
fundador foi um grande homem e um homem grande.
Ele
dizia: “Não haja divisões entre nós. Amemos todas as nações… Não haverá nações
no céu.” (Cf. Souvenirs)
Aquando
da sua primeira profissão, em 1878, o Pe. Dehon tinha acrescentado aos três
conselhos evangélicos o seu voto de vítima. Este episódio vem provar uma vez
mais que esse voto foi aceite por Deus…
Pe. Dehon aos 75 anos, durante a II Guerra Mundial
Sem comentários:
Enviar um comentário