quinta-feira, 18 de julho de 2013

Bartolomeu dos Mártires



O Reformador

D. Bartolomeu dos Mártires discursando no Concílio de Trento:
“Os ilustríssimos e reverendíssimos cardeais precisam duma ilustríssima e reverendíssima reforma…
Vossas senhorias são as fontes donde todos os prelados bebem; necessário é portanto que a água seja limpa e pura… a Igreja e o mundo todo estão muito mais precisados de reformas do que dogmas.”
Insistia, por isso, com outros padres conciliares para que se deixassem de coisas de pouca importância e fossem diretos ao essencial. Mostrava assim quanto poder tem um homem primeiro em si o que pretende emendar nos outros. Ele procurou sempre a conversão por dentro, procurou, em particular, a permanente formação do clero.
Este dominicano, como diz o professor Aníbal Pinto de Castro, “soube transformar a história em arte, o passado em presente, a vida em poesia.”

O espelho dos padres
“Vós sois os espelhos em que os outros se hão de ver. Finalmente, vós sois de cuja vida depende o bem ou o mal do mundo. Porque manifesto está que, se vosso zelo respondesse ao ofício, não haveria tanta dissolução nos leigos, não andariam as ovelhas de Cristo tão fora do caminho do Céu.
Ai de vós, diz um Santo, lugar alto, e espírito baixo, cadeira prima e vida ínfima, mãos sagradas e mãos sacrílegas! Andais continuamente com as mãos metidas nos vasos santos, nos óleos sagrados, nos Sacramentos, no Corpo e Sangue do Filho de Deus, e com as mesmas mãos tratais coisas torpes, coisas nefandas; tirai-las dali e ponde-as aqui. Ó horrendíssimo sacrilégio! Não seria menos mal sempre as trazer metidas em coisas sujas, que das sujas passá-las às limpíssimas e sacratíssimas?”

A caridade vai alimpando a escória

“Quanto tens de caridade, tanto tens de santidade e virtude. Se tens grande caridade, és grande santo e justo; se tens pequena, assim tens pequena santidade e justiça. Porque esta é a suma de toda a santidade e justiça, e bondade, sem a qual ninguém se pode chamar bom.”

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