O
Reformador
D. Bartolomeu dos
Mártires discursando no Concílio de Trento:
“Os
ilustríssimos e reverendíssimos cardeais precisam duma ilustríssima e
reverendíssima reforma…
Vossas senhorias
são as fontes donde todos os prelados bebem; necessário é portanto que a água
seja limpa e pura… a Igreja e o mundo todo estão muito mais precisados de
reformas do que dogmas.”
Insistia, por
isso, com outros padres conciliares para que se deixassem de coisas de pouca importância
e fossem diretos ao essencial. Mostrava assim quanto poder tem um homem
primeiro em si o que pretende emendar nos outros. Ele procurou sempre a
conversão por dentro, procurou, em particular, a permanente formação do clero.
Este dominicano,
como diz o professor Aníbal Pinto de Castro, “soube transformar a história em
arte, o passado em presente, a vida em poesia.”
O
espelho dos padres
“Vós sois os espelhos
em que os outros se hão de ver. Finalmente, vós sois de cuja vida depende o bem
ou o mal do mundo. Porque manifesto está que, se vosso zelo respondesse ao
ofício, não haveria tanta dissolução nos leigos, não andariam as ovelhas de
Cristo tão fora do caminho do Céu.
Ai de vós, diz um
Santo, lugar alto, e espírito baixo, cadeira prima e vida ínfima, mãos sagradas
e mãos sacrílegas! Andais continuamente com as mãos metidas nos vasos santos,
nos óleos sagrados, nos Sacramentos, no Corpo e Sangue do Filho de Deus, e com
as mesmas mãos tratais coisas torpes, coisas nefandas; tirai-las dali e
ponde-as aqui. Ó horrendíssimo sacrilégio! Não seria menos mal sempre as trazer
metidas em coisas sujas, que das sujas passá-las às limpíssimas e
sacratíssimas?”
A
caridade vai alimpando a escória
“Quanto tens de
caridade, tanto tens de santidade e virtude. Se tens grande caridade, és grande
santo e justo; se tens pequena, assim tens pequena santidade e justiça. Porque
esta é a suma de toda a santidade e justiça, e bondade, sem a qual ninguém se
pode chamar bom.”
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