quinta-feira, 25 de maio de 2023

Adeus, entrego-vos a Deus


4ª feira – VII semana da Páscoa


Na liturgia de ontem

Paulo na sua despedida disse:

- Entrego-vos a Deus = Adeus. At 20,32

A lei do menor esforço faz-nos dizer apenas ADEUS, quando nas despedidas devíamos dizer – Entrego-vos a Deus.

A Eucaristia é o contrário.

A Eucaristia não é despedida, é encontro:

Na despedida dizemos – Entrego-vos a Deus – Adeus.

Na Eucaristia dizemos – Entrego-vos Deus – Ámen.

 

Ver também:

Quem oferece agradece

 

terça-feira, 23 de maio de 2023

Entrar na vida INTERNA


3ª feira – VII semana da Páscoa

 

Do Evangelho de hoje:

Naquele tempo Jesus ergueu os olhos ao céu

E disse: Pai, glorifica o teu filho

Para que o teu filho te glorifique.

É esta a vida eterna:

Que te conheçam a ti, único Deus verdadeiro

E aquele que enviaste, Jesus Cristo.

1ª lição

Quem reza ergue os olhos para o céu.

Quem ergue os olhos para o céu reza.

Rezar é glorificar a Deus.

Glorificar a Deus é rezar.

Erguer os olhos ao céu é glorificar a Deus

Glorificar a Deus é erguer os olhos ao céu.

 

2ª lição

É esta a vida eterna ou a vida interna.

Conhecer a Deus é amar a Deus.

A vida eterna é conhecer a Deus.

A vida eterna é amar.

Ter a vida eterna é conhecer a Deus.

Em geral as pessoas simples têm dificuldade em ler a expressão – Vida eterna.

Cedem à lei do menor esforço e dizem: Vida interna.

Mas afinal, foge-lhes a boca para uma verdade:

A vida eterna é de facto a vida interna, a vida da alma, a presença de Deus no nosso interior.

A vida eterna consiste na vida interna ou ter Deus dentro de si.

 

Ver também:

Estar no mundo

 

segunda-feira, 22 de maio de 2023

Sem ir não há vir

 

Festa do Mártir João Baptista Machado,

jesuíta açoriano, missionário do Japão

padroeiro da Diocese de Angra

Virão se formos até eles

Virão adorar-vos, Senhor, todos os povos da terra é o refrão do salmo da festa de hoje que resume toda a liturgia da Palavra.

Para virem é preciso que antes alguém vá.

Sem ir não há vir.

Para que os povos venham reunir-se é preciso ir primeiro até eles.

Se fordes até eles virão até nós

 

João Baptista Machado foi dos Açores até Lisboa aos 16 anos como jovem sonhador (em 1598).

Depois foi de Lisboa até Goa na Índia aos 19 anos como seminarista da Companhia de Jesus (em 1601).

Foi da Índia até ao Japão aos 27 anos como sacerdote missionário (em 1609).

Por fim aos 35 anos foi para o Céu como mártir (em 1617)

 

O Xavier Açoriano

Dizemos que São Francisco Xavier, jesuíta espanhol, foi o missionário de excelência da Ásia.

Dizemos que São João de Brito foi o Francisco Xavier português na Ásia.

Com toda a propriedade podemos dizer que o Mártir João Baptista Machado foi o Francisco Xavier açoriano na Ásia.

 

Ilustres filhos dos Açores

- Beato João Baptista Machado, jesuíta missionário, natural da Terceira, mártir em Nagasaki (1582-1617) e beatificado em 1867,

- Santo Ambrósio Francisco Ferro, natural dos Açores, pároco na diocese de Natal, Brasil, martirizado em 1645 pelos holandeses no rio Uruaçu.

- Serva de Deus Madre Teresa da Anunciada, freira clarissa de São Miguel (1658-1736), iniciadora da devoção ao Senhor Santo Cristo dos Milagres nos Açores.

- Serva de Deus Maria Vieira da Silva, menina de 13 anos, da Ilha Terceira, vítima ao defender a sua pureza (1926-1940).

 

Ver também:

Padroeiro Açoriano

Mártires da Eucaristia

 

domingo, 21 de maio de 2023

Sentou-se à direita do Pai


Ano A – Solenidade da Ascensão do Senhor

Tal como na Encarnação Jesus trouxe até nós algo de Deus, também na Ascensão o mesmo Jesus leva algo de humano até Deus Pai.

De facto, na Colecta a liturgia reza – Jesus tendo-nos precedido na glória como nossa Cabeça, para aí nos chama como membros do seu Corpo.

No prefácio I – Jesus não abandonou a nossa condição humana, mas subindo aos céus como nossa cabeça e primogénito deu-nos a esperança de irmos um dia ao seu encontro como membros do seu Corpo para nos unir à sua glória imortal.

No prefácio II – Jesus à vista dos discípulos subiu aos céus para nos tornar participantes da sua divindade.

Na Oração Eucarística – Na Ascensão Jesus colocou à direita da Glória do pai a nossa frágil natureza humana unida à sua divindade.

E na oração depois da comunhão – Despertai em nós os desejos da pátria celeste, onde já se encontra convosco em Cristo, a nossa natureza humana.

 

A Ascensão faz parte do Credo, constituindo um dos dogmas, mistérios ou princípios da nossa fé. Nós assim rezamos no Credo:

- (Jesus) ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras;

E subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai.

Um dia estava eu a falar numa celebração da catequese sobre este mistério da Ascensão. Queria explicar o significado de Jesus ficar sentado à direito da Pai.

- Quando alguém dá a sua direita para um amigo se sentar é sinal de reconhecimento da sua grandeza e importância. Assim Jesus ao sentar-se à direita do Pai é sinal da sua igualdade e majestade divina.

- O lado direito representa também o lado do bem. É a mão da ação, de dar a bênção, do carinho, dos afetos ou carinho.

Por fim perguntei, para ver se me tinha feito entender:

- Porque que é que Jesus ao subir ao Céu se sentou à direita de Deus.

Alguém levantou o braço para responder:

- Jesus sentou-se porque estava cansado do trabalho que fez aqui na terra…

Outro colega com toda a seriedade acrescentou:

- Eu acho é que Jesus sentou-se porque já tinha quem trabalhasse por ele, porque antes tinha mandado os seus discípulos a pregar por todo o mundo.

Parecia uma brincadeira, mas estes dois traquinas acertavam em cheio nas duas principais lições da Ascensão:

- Jesus regressou ao Céu quer dizer que tinha cumprido a sua missão aqui na terra, que tinha alcançado os seus objetivos. É por isso que se sentou, concluído o seu trabalho.

- Terminada a missão de Jesus, começava a missão dos seus discípulos – ir pregar pelo mundo.

 

Ver também:

Jesus subiu porque desceu

 

quinta-feira, 18 de maio de 2023

Preparando a despedida


5ª feira – VI semana da Páscoa

Daqui a pouco já não me vereis

e pouco depois voltareis a ver-me.

 

Jesus repete esta mesma frase 3 vezes porque tem 3 significados:

1º - Estareis tristes, mas a vossa tristeza converter-se-á em alegria – fé e confiança.

2º - O mal, o sofrimento ou a tristeza têm o seu tempo, mas não duram sempre – esperança.

3º - A última palavra é sempre de Deus. O bem vence sempre – caridade.

 

Ou então aplica-se aos 3 próximos momentos da vida de Jesus:

1º - A sua morte que estava próxima, sepultura e ressurreição daí a 3 dias - no imediato.

2º - A sua despedida e ascensão, mas enviará a companhia do Paráclito e estará sempre com os seus discípulos até ao fim doa tempos – a curto prazo.

3º - A sua subida ao céu, mas há de vir no fim dos tempos – a longo prazo.

 

Ver também:

Ramo de espigas

 

quarta-feira, 17 de maio de 2023

A Sagrada Inscritura


4ª feira – VI semana da Páscoa

 

Na 1ª Leitura São Paulo na sua pregação no Areópago de Atenas fala dos costumes, valores e poetas gregos. Faz isso não para captar a benevolência dos seus ouvintes atenienses, nem para ganhar a sua atenção, nem para lhes dar ‘graxa’. São Paulo interessa-se pelos assuntos dos gregos para que estes se interessam pelos assuntos de Paulo. Valoriza o que os gregos têm para que estes possam valorizar o que Paulo lhes apresenta.

Ainda hoje é preciso aproximar-se dos outros para que eles possam aproximar-se de nós.

No trecho do Evangelho Jesus diz que só o Espírito que enviará poderá fazer compreender toda a verdade da palavra que os seus discípulos acolheram. De facto, toda a Sagrada Escritura deve tornar-se Sagrada Inscritura, isto é, instalada interiormente, escrita e compreendida no nosso coração. Isso só é possível com a ação do Espírito Santo.

A Virgem Maria é exemplo disto. Ela guardava ou conservava no seu coração todas as palavras e os mistérios que observava.

Só a Sagrada Inscritura, a Palavra que fica in, que é conservada no nosso coração, pode ser compreendida, atualizada e frutificada pelo Espírito Santo que nos revela toda a verdade da Sagrada Escritura.

 

Ver também:

Às escondidas com Deus

 

domingo, 14 de maio de 2023

Deus nunca nos abandona


Ano A – VI domingo da Páscoa

As 3 lições da Liturgia da Palavra de hoje:

 

1ª – Da primeira leitura

Os samaritanos ouviram contar os milagres de Jesus, viram os milagres que aconteciam entre eles e faziam novos milagres.

De facto, os milagres devem ser ouvidos, visto e feitos por cada um de nós.

Nós ouvimos contar algum milagre ocorrido mais recentemente?

Já vimos ou presenciamos algum milagre?

Ou já fizemos algum milagre?

Parece que as respostas a estas perguntas são todas negativas.

Mas não é bem assim.

Fazer milagre é uma ação que não está reservada apenas a algumas personagens especiais. É uma vocação comum a todos nós.

O que é um milagre?

Milagre não é Deus fazer a minha vontade, ou fazer aquilo que eu quero ou preciso, mas é eu fazer a vontade de Deus.

Jesus foi aquele que mais milagres fez, porque é aquele que fez sempre a vontade do Pai – Eu venho Senhor para fazer a vossa vontade…

Sempre que eu faço a vontade de Deus estou a fazer um milagre.

Sempre que faço o bem, sempre que perdoo, sempre que recebo a comunhão, rezo ou escuto a Palavra Divina estou a fazer, não a minha vontade, mas a vontade de Deus. Isto é um verdadeiro milagre. E se continuar assim, até mesmo quando parecer impossível, pode acontece um milagre.

Quando rezamos o Pai Nosso pedimos essa capacidade de fazer milagres, pedindo que seja feita a vontade do Pai na terra e no céu.

Ser cristão é fazer a vontade de Deus, cumprir os seus mandamentos, ou seja, ser cristão é fazer milagres.

 

2ª – Da segunda leitura

São Pedra diz que mais vale padecer por fazer o bem, se isso for da vontade de Deus, do que por fazer o mal.

Isto quer dizer que nós, devido à nossa contingência humana, padecemos aqui na terra – quando nos fazem o mal, quando nos custa fazer o bem, quando fazemos o bem e somos incompreendidos ou quando praticamos o mal.

Mais vale então sofrer quando fazemos o bem porque o bem que fazemos é fonte de alegria e vem atenuar o nosso sofrimento.

Não nos cansemos de fazer o bem, façamos o bem mesmo quando nos custa, porque apesar do sofrimento é a maior alegria que podemos ter.

 

3ª – Do trecho do Evangelho

Jesus vai-se despedindo antes da sua ascensão.

Ele diz que não nos deixará órfãos nem nunca nos abandonará porque estará sempre connosco e nos enviará o Espírito Paráclito.

Isto que quer dizer?

Nós podemos abandonar a Deus, abandonar a igreja, a nossa comunidade ou família, podemos ser abandonados por todos, mas nunca abandonados por Deus.

Hoje há uma grande tentação em abandonar a igreja, esquecer a Deus, deixar a catequese, a missa ou a nossa fé por vários motivos – por mau exemplo de alguns, pelos pecados da igreja, por comodismo, por falta de empenho ou de coragem pessoal.

Nós podemos abandonar Deus e a sua igreja, mas Deus nunca nos abandonará.

 

Ver também:

Amor criativo

 

quinta-feira, 11 de maio de 2023

A nossa alegria completa

 

5ª feira – V semana da Páscoa

 

Permanecei no meu amor… para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja completa.

É por isso que os cristãos devem ser as pessoas mais alegres de toda a humanidade.

Porquê?

- Porque quanto mais perto do Criador a criatura fica, mais feliz ela se torna.

- Porque dentro deles há uma alegria divina, a alegria de Jesus.

- Porque a sua alegria não depende de coisas deste mundo, mas tudo depende da sua alegria.

 

Um cristão que não é alegre tem alguma coisa errada.

É impossível alguém sair triste da celebração na igreja.

Se não sair alegre pelo que fez, ouviu ou rezou, se não sair alegre pelo que leva, pelo menos tem de sair alegre porque a celebração já acabou.

É por isso que a última coisa que se diz ao sair é: Graças a Deus (que já acabou!) Aleluia, aleluia!

 

Ver também:

Tudo, nada, sempre

 

quarta-feira, 10 de maio de 2023

Qual é o fruto esperado ?


4ª feira – V semana da Páscoa

Na página do Evangelho de hoje aparecem 8 vezes a palavra PERMANECER, que significa estar unido (persistir, conservar-se, demorar, ficar, manter-se, perseverar, estabilizar ou estacionar).

Também aparece 6 vezes o termo MIM, referente a Jesus Cristo.

E ainda aparece 6 vezes a palavra FRUTO, que é o que Deus espera de nós.

 

- Que espécie de fruto somos chamados a produzir?

 - Claro que é o FRUTO DA VIDEIRA, ou seja, UVA.

Mas este fruto é mais global, tal como rezamos no ofertório.

Tomando o cálice o sacerdote diz:

- Fruto da videira e do trabalho do homem.

 

De facto, o fruto que Deus espera de nós é o VINHO DA ALEGRIA.

O Salmo 103, 15 explicita os frutos que quer ver germinar da terra:

- O vinho que alegra o coração do homem,

- O azeite que lhe faz brilhar o rosto,

- E o pão que lhe robustece as forças.

 

Conclusão:

Só quem está verdadeiramente unido a Cristo produz o fruto da videira que é a alegria.

 

Ver também:

Permanecer e amar

 

domingo, 7 de maio de 2023

Não haja Palavra sem Pão


Ano A – V domingo da Páscoa

 

Não haja Pão sem Palavra

Nem Palavra sem Pão

Da primeira leitura:

Havia murmuração porque no serviço diário não se fazia caso dos necessitados. Então os discípulos decidiram: Não convém que deixemos de pregar a palavra de Deus para servirmos às mesas. Escolheu entre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, para lhes confiarmos esse cargo.

 

Conclusão:

Não só de Pão vive o homem, mas de toda a Palavra que vem da boca de Deus.

(Não deixemos de pregar a Palavra de Deus)

Não só da Palavra de Deus nós precisamos, mas também do pão de cada dia.

(Não deixemos de partilhar o pão com os mais necessitados.)

Não podemos nem esquecer a Palavra de deus, nem o serviço das mesas do pão de cada dia.

 

Ver também:

Tudo está preparado

 

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Tudo está bem preparado


6ª feira – IV semana da Páscoa

 

Vou preparar-vos um lugar…

Nós fomos feitos para o paraíso eterno.

Há um lugar, um estado, uma estadia ou uma eternidade à nossa espera.

Tudo planificado, talhado e preparado à medida de cada um.

O paraíso que nos espera não nos fica grande ou pequeno, pois foi preparado a pensar em nós.

 

Não só o nosso destino está preparado, como nós também devemos estar preparados.

Estai vós preparados, repete várias vezes o Senhor.

Ele nos dá a capacidade de nos prepararmos para estarmos à altura do lugar preparado para nós.

E nós não nos preparamos à toa, pois Deus não só nos chama a preparar-nos como também nos dá o modelo desse ato. Devemo-nos preparar sendo cópias do modelo que é Jesus Cristo – Aprendei de mim… para termos um coração semelhante ao dele.

Nós não somos nem pequenas nem grandes para o lugar que nos está preparado. Nós encaixamo-nos perfeitamente. Fomos feitos um para o outro.

 

Por fim, também o caminho está preparado. Uma voz clama no deserto – Preparai o aminho do Senhor.

Tudo está a condizer, nós preparados para ocupar o lugar preparado para nós. Também o caminho que nos leva até essa meta, está bem preparado. Deixemo-nos levar por esse caminho.

 

Conclusão:

O lugar que Jesus prepara para nós chama-se paraíso, felicidade ou santidade.

Tudo preparado à medida, pessoa, caminho ou destino.

Que mais poderia fazer Deus para a nossa felicidade?

Deus prepara-nos um lugar, prepara-nos como pessoas para ocupar esse lugar e prepara o caminho que nos leva até lá. De facto, não temos nada com que nos preocupar ou perturbar. Deus está preparado à nossa espera.

 

À margem:

Tomé disse a Jesus:

- Senhor, não sabemos para onde vais, como podemos conhecer o caminho?

E Jesus respondeu:

- Tu conheces o caminho. Esse caminho sou eu – Sou o caminho, a verdade e a vida.

 

Ver também:

Passar, chegar, ficar

Caminho, verdade e vida

 


quarta-feira, 3 de maio de 2023

Caminho, verdade e vida


Festa dos Santos Filipe e Tiago, Apóstolos

Identificação de Cristo 

Caminho, Verdade e Vida.

O caminho, a verdade e a vida não é tudo para todos ou todos para tudo isto, sempre ou ao mesmo tempo.

Para uns será mais caminho, para outro mais verdade e para outro mais vida, conforme a sua experiência, necessidade e evolução.

Também para mim às vezes preciso de Cristo mais como caminho se estou perdido e desorientado.

Outras vezes preciso mais da verdade se estou nas trevas, se preciso da luz da sua verdade.

Outras vezes não encontro razões de viver, então preciso dele como vida, como alento interior.

 

Identificação do Cristão

Seguir o Caminho, a Verdade e a Vida.

Ser discípulo de Cristo é descobrir o CAMINHO mais acertado para viver, a VERDADE mais segura para orientar-se e a VIDA mais feliz para realizar-se.

 

Ver também:

São Tiago, o Menor

São Filipe Apóstolo

São Filipe e São Tiago

São Tiago, Menor

 

Ver ainda:

Passar, chegar, ficar

 

terça-feira, 2 de maio de 2023

Escutar, conhecer, seguir


3ª feira – IV semana da Páscoa

As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu conheço-as e elas (conhecem-me)  seguem-me.”

 

São três verbos do amor:

- Escutar

- Conhecer

- Seguir

Se não escutamos, como podemos conhecer?

E se não conhecemos como podemos seguir?

O amor exige escutar, conhecer e seguir – escutar para conhecer e conhecer para seguir. E quanto mais seguimos mais conhecemos e quanto mais conhecemos mais escutamos porque mais amamos.

 

Ver também:

Era inverno

 

segunda-feira, 1 de maio de 2023

Poucos milagres, pouca fé


Memória de São José Operário

Dia Mundial do Trabalhador

- Jesus é Filho do Carpinteiro.

- Certo ou errado?

- Certo porque José foi autêntico pai para Jesus, sustentando-o, educando-o, acompanhando-o etc.

Mas a verdade continua para além destas evidências. O pai de Jesus é verdadeiramente carpinteiro, artesão, criador. José carpinteiro aponta mais além, anuncia que Jesus é o Filho do carpinteiro das almas, artesão de todo o mundo, criador do céu e da terra, ou seja o Filho de Deus Pai e Criador de tudo e de todos.

Isto que quer dizer?

Quer dizer que quem trabalha associa-se à vocação criadora de Deus. Trabalhar é criar com Deus criador. O nosso trabalho é colaboração com Deus. Deus criador colabora connosco quando trabalhamos.

 

Poucos milagres = pouca fé

Jesus ao ver a pouca fé daquela gente, fez ali só alguns milagres.

Isto quer dizer que quando há pouca fé, há poucos milagres e quando vemos poucos milagres quer dizer que há pouca fé.

Milagre não é Deus fazer a nossa vontade, mas nós fazermos a vontade de Deus.

Quando temos muita fé, vemos muitos milagres, isto é, fazemos muitas vezes a vontade de Deus na nossa vida.

Por outro lado, quando não fazemos a vontade de Deus, não fazemos milagres.

 

Ver também:

As mãos de São José

Oração pelos trabalhadores