Ano
A – VI domingo da Páscoa
As
3 lições da Liturgia da Palavra de hoje:
1ª
– Da primeira leitura
Os
samaritanos ouviram contar os milagres de Jesus, viram os milagres que aconteciam
entre eles e faziam novos milagres.
De
facto, os milagres devem ser ouvidos, visto e feitos por cada um de nós.
Nós
ouvimos contar algum milagre ocorrido mais recentemente?
Já
vimos ou presenciamos algum milagre?
Ou
já fizemos algum milagre?
Parece
que as respostas a estas perguntas são todas negativas.
Mas
não é bem assim.
Fazer
milagre é uma ação que não está reservada apenas a algumas personagens especiais.
É uma vocação comum a todos nós.
O
que é um milagre?
Milagre
não é Deus fazer a minha vontade, ou fazer aquilo que eu quero ou preciso, mas
é eu fazer a vontade de Deus.
Jesus
foi aquele que mais milagres fez, porque é aquele que fez sempre a vontade do
Pai – Eu venho Senhor para fazer a vossa vontade…
Sempre
que eu faço a vontade de Deus estou a fazer um milagre.
Sempre
que faço o bem, sempre que perdoo, sempre que recebo a comunhão, rezo ou escuto
a Palavra Divina estou a fazer, não a minha vontade, mas a vontade de Deus.
Isto é um verdadeiro milagre. E se continuar assim, até mesmo quando parecer impossível,
pode acontece um milagre.
Quando
rezamos o Pai Nosso pedimos essa capacidade de fazer milagres, pedindo que seja
feita a vontade do Pai na terra e no céu.
Ser
cristão é fazer a vontade de Deus, cumprir os seus mandamentos, ou seja, ser
cristão é fazer milagres.
2ª
– Da segunda leitura
São
Pedra diz que mais vale padecer por fazer o bem, se isso for da vontade de
Deus, do que por fazer o mal.
Isto
quer dizer que nós, devido à nossa contingência humana, padecemos aqui na terra
– quando nos fazem o mal, quando nos custa fazer o bem, quando fazemos o bem e
somos incompreendidos ou quando praticamos o mal.
Mais
vale então sofrer quando fazemos o bem porque o bem que fazemos é fonte de
alegria e vem atenuar o nosso sofrimento.
Não
nos cansemos de fazer o bem, façamos o bem mesmo quando nos custa, porque
apesar do sofrimento é a maior alegria que podemos ter.
3ª
– Do trecho do Evangelho
Jesus
vai-se despedindo antes da sua ascensão.
Ele
diz que não nos deixará órfãos nem nunca nos abandonará porque estará sempre
connosco e nos enviará o Espírito Paráclito.
Isto
que quer dizer?
Nós
podemos abandonar a Deus, abandonar a igreja, a nossa comunidade ou família,
podemos ser abandonados por todos, mas nunca abandonados por Deus.
Hoje
há uma grande tentação em abandonar a igreja, esquecer a Deus, deixar a
catequese, a missa ou a nossa fé por vários motivos – por mau exemplo de
alguns, pelos pecados da igreja, por comodismo, por falta de empenho ou de coragem
pessoal.
Nós
podemos abandonar Deus e a sua igreja, mas Deus nunca nos abandonará.
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