domingo, 14 de maio de 2023

Deus nunca nos abandona


Ano A – VI domingo da Páscoa

As 3 lições da Liturgia da Palavra de hoje:

 

1ª – Da primeira leitura

Os samaritanos ouviram contar os milagres de Jesus, viram os milagres que aconteciam entre eles e faziam novos milagres.

De facto, os milagres devem ser ouvidos, visto e feitos por cada um de nós.

Nós ouvimos contar algum milagre ocorrido mais recentemente?

Já vimos ou presenciamos algum milagre?

Ou já fizemos algum milagre?

Parece que as respostas a estas perguntas são todas negativas.

Mas não é bem assim.

Fazer milagre é uma ação que não está reservada apenas a algumas personagens especiais. É uma vocação comum a todos nós.

O que é um milagre?

Milagre não é Deus fazer a minha vontade, ou fazer aquilo que eu quero ou preciso, mas é eu fazer a vontade de Deus.

Jesus foi aquele que mais milagres fez, porque é aquele que fez sempre a vontade do Pai – Eu venho Senhor para fazer a vossa vontade…

Sempre que eu faço a vontade de Deus estou a fazer um milagre.

Sempre que faço o bem, sempre que perdoo, sempre que recebo a comunhão, rezo ou escuto a Palavra Divina estou a fazer, não a minha vontade, mas a vontade de Deus. Isto é um verdadeiro milagre. E se continuar assim, até mesmo quando parecer impossível, pode acontece um milagre.

Quando rezamos o Pai Nosso pedimos essa capacidade de fazer milagres, pedindo que seja feita a vontade do Pai na terra e no céu.

Ser cristão é fazer a vontade de Deus, cumprir os seus mandamentos, ou seja, ser cristão é fazer milagres.

 

2ª – Da segunda leitura

São Pedra diz que mais vale padecer por fazer o bem, se isso for da vontade de Deus, do que por fazer o mal.

Isto quer dizer que nós, devido à nossa contingência humana, padecemos aqui na terra – quando nos fazem o mal, quando nos custa fazer o bem, quando fazemos o bem e somos incompreendidos ou quando praticamos o mal.

Mais vale então sofrer quando fazemos o bem porque o bem que fazemos é fonte de alegria e vem atenuar o nosso sofrimento.

Não nos cansemos de fazer o bem, façamos o bem mesmo quando nos custa, porque apesar do sofrimento é a maior alegria que podemos ter.

 

3ª – Do trecho do Evangelho

Jesus vai-se despedindo antes da sua ascensão.

Ele diz que não nos deixará órfãos nem nunca nos abandonará porque estará sempre connosco e nos enviará o Espírito Paráclito.

Isto que quer dizer?

Nós podemos abandonar a Deus, abandonar a igreja, a nossa comunidade ou família, podemos ser abandonados por todos, mas nunca abandonados por Deus.

Hoje há uma grande tentação em abandonar a igreja, esquecer a Deus, deixar a catequese, a missa ou a nossa fé por vários motivos – por mau exemplo de alguns, pelos pecados da igreja, por comodismo, por falta de empenho ou de coragem pessoal.

Nós podemos abandonar Deus e a sua igreja, mas Deus nunca nos abandonará.

 

Ver também:

Amor criativo

 

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