Memória litúrgica de Santo Inácio de Loiola
Presbítero, 1491-1556
Uma das conversões mais famosas da história da Igreja
é a de Santo Inácio de Loiola.
Orgulhoso, vaidoso, contencioso, sensual e mundano
eram todas palavras que descreviam o caráter deste pomposo soldado espanhol até
que uma bala de canhão na batalha de Pamplona quase destruiu as suas pernas.
Depois de ser transportado de volta para a sua casa em Loyola e depois de passar por dores excruciantes devido a várias operações nas pernas, Inácio teve dias e semanas de tempo livre nos quais o
processo de convalescença seguiu o seu curso lento e doloroso.
A vantagem da alfabetização serviu para movê-lo no
caminho seguro para a conversão. A sua preferência era ler os romances da época para encher a sua mente com imagens sensuais e aventuras românticas. Para seu
desgosto, nada desse género literário podia ser encontrado no seu domicílio. Em
vez disso, duas outras formas de literatura foram trazidas: uma sobre a
vida de Cristo e outra sobre a vida dos santos. A princípio, Inácio repeliu
essas obras. Mas, dado que tinha tanto tempo livre e nada mais para fazer e ler,
ele finalmente decidiu pegar naquilo que tinha por perto.
Logo depois, o Espírito Santo interveio e encheu a sua mente e o coração com um enorme desejo de imitar a vida desses grandes heróis de Deus, os santos. Santo Inácio exclamou: Se Domingos conseguiu, então eu também posso; se Francisco conseguiu, então eu também posso.
Ler e
meditar sobre a vida dos santos motivou Inácio a deixar a sua vida passada de
pecado e seguir Jesus, o Verdadeiro Comandante e Rei.
Salvo pelos vídeos que viu
As novas leituras do YouTube.
Um estudante universitário tinha acabado de se
converter do protestantismo para o catolicismo. Ele confirmava, no entanto, que
a sua conversão tinha resultado unicamente por visionar vídeos no YouTube. Convertera-se não
por influência de amigos, não por “ler a si mesmo” no catolicismo, não por ler nenhum livro
ou testemunho, mas simplesmente por assistir a vídeos.
Isso é interessante. Ele não leu nenhum livro. O seu
catolicismo é um produto da nossa nova era visual. Mas por que nos importamos
com livros, afinal?
Já faz muito tempo que o credenciamento de livros não
é confiável. No entanto, os livros têm um lugar, assim como a Bíblia sempre
teve um lugar, por causa da proximidade da leitura com a oração. Ler pode
promover a vida interior, assistir a vídeos não. Além disso, ler provoca
deliberação e julgamento considerado, enquanto vídeos incitam à distração. Ler
é inegavelmente solo rico para receber a semente: vídeos são solo raso na
melhor das hipóteses, geralmente meras pedras ao lado do caminho, pássaros pairando
por perto.
A leitura fez muitos santos, como por exemplo Santo Inácio de
Loiola Ou Edith Stein. Mas hoje é diferente. Tal como muitos adolescentes aprendem hoje a
tocar viola através dos vídeos do YouTube, alguns descobrem a sua fé, vocação
ou missão através do YouTube.
São estas as novas leituras, os novos influencers dos
nossos tempos ou os nossos livros modernos.
À margem:
Santo Inácio de Loiola costumava dizer que seria o
homem mais feliz deste mundo se pudesse impedir um só pecado mortal.
Ver também:
Retrato de Santo Inácio de Loiola
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