5º feira – XVII semana comum
O reino dos Céus é semelhante a uma rede que, lançada
ao mar, apanha toda a espécie de peixes…
Que rede é esta?
Pode ser uma das redes sociais dos nossos dias?
Claro que sim.
Ter uma conta nas redes sociais é ser missionário no
continente digital. Há muitas incógnitas perigosas, mas Jesus envia-nos como
ovelhas para o meio de lobos e promete enviar os seus anjos ‘para separar os
maus do meio dos bons’.
Antes de abrir os nossos aplicativos digitais, talvez
seja conveniente rezar esta oração atualizada e abreviada de São Patrício:
Cristo comigo, Cristo diante de mim, Cristo atrás de
mim.
Cristo em mim, Cristo abaixo de mim, Cristo acima de
mim.
Cristo à minha direita, Cristo à minha esquerda,
Cristo à minha frente.
Cristo no meu ecrã, Cristo nas redes sociais através
de mim.
À margem 1
Seis razões para deixar as redes sociais para sempre e
um motivo para ficar.
1 – Elas dividem a mente. Os ecrãs são perigosos para
os nossos cérebros. Eles baralham a nossa mente, alteram a maneira como
pensamos, como dormimos e a nossa criatividade. Quando temos um ecrã nas mãos
questionamo-nos menos.
2 – Impede-nos de fazer o que devemos
O que nos atrai não é a eficiência, mas a distração.
3 – Alimentam-se das nossas fraquezas
Como ficamos focados nos ecrãs, o resto fica mais
vulnerável.
4 – A maior parte nem é real
A inteligência artificial está a substituir a
criatividade humana e o trabalho cerebral. Não podemos confiar em ninguém
digitalmente.
5 – Dá-nos um falso senso de comunidade
Faz-nos conectados com os ouros, mas na realidade
isola-nos e divide-nos mais.
6 – Apaga o tempo de oração
A primeira coisa que o homem moderno vê ao acordar é o
telemóvel. Antes de dar o primeiro passo verificam o e-mail, visualizam as
novidades sociais. Seguem-nos até ao duche, à cozinha, ao pequeno almoço. A
oração torna-se opcional. O ecrã distrai-nos das coisas de Deus.
Uma razão para ficar – Evangelização.
À margem 2
Afirma Santo Ambrósio que ‘os instrumentos da pesca
apostólica são como as redes: de facto, as redes não fazem morrer quem fica
preso nelas, mas conserva-o em vida, arrasta-o dos abismos para a luz’.
Nos nossos dias, nas redes sociais, nós é que corremos
o risco de ser arrastado da luz para as profundezas do abismo e do mal.
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