Memória
do Martírio de São João Baptista
João Baptista, proclamado o maior entre os filhos dos homens, acabou de joelhos por terra
1ª
reflexão – batismo, martírio, páscoa
Eu
pensava que o dia desta memória era o dia preciso da decapitação de João
Baptista ocorrida no aniversário natalício de Herodes. Mas não. Ele foi morto
na Páscoa, um ano antes da Paixão de Jesus; mas o aniversário é solenizado no
dia em que a sua cabeça venerável foi encontrada em Emesa, na Síria, no ano 453.
João
Baptista completou a sua missão num dia de Páscoa. De facto, todo o martírio é
um dia de Páscoa ou a Páscoa é sempre o testemunho de um martírio.
Depois
de tanto batizar, João Baptista recebeu o mais alto batismo, o martírio.
De
facto, todo o batismo é uma espécie de martírio e cada martírio é o mais alto
batismo.
2ª
reflexão – As 5 maravilhas de João Baptista
João
Baptista é a única personagem que se celebra quer o dia do seu nascimento quer
o dia da sua morte.
O
Prefácio destas duas festividades lembra as 5 maravilhas da vida, santidade e
martírio do precursor de Jesus.
1
– antes de nascer, exultou de alegria, sentindo a presença do Salvador.
2
– Quando veio ao mundo, muitos se alegraram pelo seu nascimento.
3
– Foi ele, entre todos os Profetas, que mostrou o Cordeiro que tira o pecado do
mundo.
4
– Nas águas do Jordão batizou o autor do Batismo e desde então a água viva tem
poder de santificar os crentes.
5
– Por fim, deu o mais belo testemunho de Cristo, derramando por Ele o seu
sangue.
3ª
reflexão – A pressa não é boa conselheira
Podemos
observar que João Baptista foi vítima de precipitação ou pressa de todos os
intervenientes:
-
O rei impulsivamente disse-lhe: Pede-me o que desejares e eu to darei.
-
E logo acrescentou: Dar-te-ei o que me pedires, ainda que seja a metade
do me reino.
-
A menina foi de imediatamente perguntar à mãe: Que hei de pedir?
-
A mãe respondeu-se prontamente: Pede a cabeça de João Baptista.
-
A menina voltou veloz à presença do rei.
-
E fez-lhe este pedido: quero que me dês sem demora, num prato a cabeça
de João Baptista.
-
O rei mandou urgentemente um guarda, com ordem de trazer a cabeça de
João.
-
O guarda foi rapidamente à cadeia.
-
Cortou sem hesitação a cabeça de João.
-
E trouxe-a a toda a velocidade num prato.
-
A jovem recebeu-a sem demora.
-
E entregou-a a toda a pressa à mãe.
Tudo
foi feito de maneira apressada, sem tempo para pensar ou medir as
consequências.
A
pressa é inimiga da perfeição.
Provérbios 19.2 diz: Não é bom agir sem
pensar; quem se precipita acaba pecando. O autor bíblico deixa claro que a
pressa não é uma virtude, ou a pressa dá cabo da virtude.
A natureza humana é impaciente: A impaciência
produz ansiedade; a ansiedade produz pressa; a pressa produz atropelo; atropelo
produz decisões erradas; decisões erradas afetam e amargam a vida.
Por tudo isso, não nos precipitemos!
Lembremo-nos do precipitado Rei Herodes e da
apressada jovem bailarina.
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também:
1 comentário:
Os profetas não têm medo.
Os profetas dão medo.
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