5ª
feira – III semana da Páscoa
Jesus
apresenta-se como o PÃO descido do Céu
E
porque não o Cordeiro Pascal?
Porque
é que Jesus para falar e nos dar o seu corpo a comer serve-se do pão e não da
carne do cordeiro pascal?
Porque
o Pão realça três dimensões
-
Dimensão quotidiana – Jesus quer estar dentro de nós como Pão de cada dia e não
apenas como cordeiro de um dia de festa.
-
Dimensão comunitária – tal como o pão faz-se de muitos e pequenos grãos de
trigo, de muitas migalhas assim também Jesus quer que nos transformemos com
ele, formando um só corpo, na humildade e unidade.
-
Dimensão sacrificial – é fruto da terra e do trabalho do homem, dos grãos
triturados, amassados e imolados para que todos tenham vida.
O
Cordeiro Pascal é lembra a imolação e a salvação, num determinado momento.
O
Pão descido do Pão, Corpo de Jesus, é o sustento de todo o momento.
As
sacristãs do Carmelo
Poesia
de Teresinha do Menino Jesus, 1896
Aqui
na terra o nosso doce ofício
É
preparar para o altar,
O pão,
o vinho do Sacrifício
Que
dá à terra: o Céu!
O
Céu, ó mistério supremo!
Esconde-se
sob o humilde pão
Porque
o Céu, é o próprio Jesus
Que
vem a nós todas as manhãs.
Não
há rainhas na terra
Mais
ditosas do que nós
O
nosso ofício é uma oração
Que
nos une ao nosso Esposo.
As
maiores honras do mundo
Não se
podem comparar
À paz
celestial e profunda
Que Jesus
nos faz saborear.
Sentimos
uma santa inveja
Da obra
das vossas mãos,
A hóstia
pequena e branca
Que esconderá
o Cordeiro divino.
Mas
o seu amor escolheu-nos
Ele é
nosso Esposo, nosso Amigo.
Somos
também pequenas hóstias
Que Jesus
n’Ele que transformar-
Missão
sublime do Sacerdote,
Tornas-Te
a nossa na terra
Transformadas
pelo Divino Mestre
É Ele
que dirige os nossos passos.
Temos
que ajudar os apóstolos
Pela
oração, pelo nosso amor
Os seus
campos de luta são os nossos
Por eles
combatemos cada dia.
O
Deus oculto do tabernáculo
Que se
esconde também nos corações
À nossa
voz, ó que milagre!
Digna-Se
perdoar aos pecadores!
A
nossa dita e a nossa glória
É trabalhar
para Jesus.
O
seu belo Céu eis o cibório
Que queremos
encher de eleitos!...
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